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Chile aposta na juventude para evoluir no vôlei com atleta de 14 anos


O aparelho nos dentes de Amalia Carvajal não esconde o sorriso de menina. Aos 14 anos, a ponteira é o símbolo da nova geração chilena. Assim como o restante da equipe, usa a pouca idade para tentar renovar o vôlei dentro de seu país. Acostumados a um time sem muitas ambições, os torcedores viram o técnico Hugo Jáuregui mudar toda sua escalação. A fórmula ainda está longe de funcionar. Na estreia no Pré-Olímpico, em São Carlos, uma derrota inquestionável para o Peru: 3 sets a 0 (25/14, 25/11 e 25/07), em apenas 59 minutos. Elas, no entanto, não se importam. O objetivo está longe de ser imediato.

- Temos uma equipe muito jovem e já esperávamos um resultado assim. Estamos nos preparando para nos classificarmos para o Mundial juvenil no fim do ano. Não a classificação nesse torneio, mas sim aprendemos com as outras equipes, fortalecermos taticamente nosso time - disse a jovem Amalia, que marcou um ponto na partida.

Amalia Carvajal Chile vôlei Pré-Olímpico (Foto: João Gabriel Rodrigues / GLOBOESPORTE.COM)

A média de idade das chilenas é de apenas 16,6 anos. A mais velha, Nicole Vorphal, completou 18 anos em março. Josefa Schuler, capitã da seleção aos 17 anos, diz que as jogadoras sabem que o caminho até uma equipe mais consistente é longo.

- Somos uma equipe muito jovem. Sabemos que ainda vamos demorar a ganhar um padrão e termos condições de enfrentar o Brasil, por exemplo. Mas é um time com muito potencial, ainda podemos ir longe.

O sonho óbvio é com 2016. Mas, na esperança de um lugar nos Jogos do Rio de Janeiro, o Chile prefere dar cada passo sem pressa. Primeiro, Jáuregui espera que o time consiga uma das três vagas no Mundial juvenil, disputadas no Sul-Americano da categoria, ainda sem data definida.

Seleção Chile Pré-Olímpico Vôlei (Foto: Alexandre Arruda/CBV)

- Até eu chegar, o Chile tinha uma seleção que ficava sempre em sétimo lugar. Estavam estagnadas e não tinham a ambição de conseguir algo mais. Por isso, decidimos reformular totalmente a seleção. É uma equipe jovem, mas que tem muito potencial. Nós não pensamos na vaga olímpica ainda, nem em Londres, nem no Rio. O objetivo é nos prepararmos para o Sul-Americano juvenil e conquistar uma vaga no Mundial Juvenil.

Mais jovem do Pré-Olímpico, Amalia aproveita a passagem pelo Brasil para observar de perto suas referências dentro de quadra. Diz gostar de Sheilla e espera encontrá-la durante a competição. Mas a jovem diz não estar a passeio pelo Brasil. Apesar da pouca idade, garante não sentir a responsabilidade de defender seu país.

- Se tenho a oportunidade de jogar pela seleção, tenho de aproveitar, não importa minha idade. Sempre joguei com pessoas mais velhas e maiores do que eu, já estou acostumada com isso. Então, não sinto tanta pressão. Só quero fazer o melhor que eu posso.

O Chile volta à quadra nesta quinta-feira. Às 15h30m, a equipe encara a Argentina, pelo grupo B da competição, no ginásio Milton Olaio Filho.



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