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Sob cuidados de Zé Roberto, Natália lida com "pior experiência"


A Seleção Brasileira veio a São Carlos para a disputa do Pré-Olímpico feminino de vôlei com 15 jogadoras, ainda que somente 12 pudessem ser inscritas para a competição. O técnico José Roberto Guimarães optou por cortar Mari, por questões físicas, e Juciely, que perdeu a disputa na posição de central. Uma jogadora, porém, viajou ao interior paulista já sem perspectiva de jogar: Natália.

A ponteiro da Unilever está em fase de recuperação de segunda cirurgia feita para retirada de um tumor benigno na canela esquerda, e ainda não está liberada pelos médicos para realizar todos os movimentos de um jogo de vôlei. Ela participa dos treinamentos da Seleção, mas sem desempenhar ações que exijam saltos ou um esforço maior.

Segundo o técnico José Roberto Guimarães, a ideia é ter Natália sempre perto para que possa acompanhar a evolução da jogadora, que está sem atuar desde 2011. É possível ver nos treinos um cuidado muito grande do treinador durante os trabalhos, durante os quais o comandante frequentemente se dirige à atleta para confortá-la.

"Aqui a gente tem uma possibilidade de tratá-la melhor. Eu quero a Natália aqui do meu lado. Quero acompanhar a evolução dela dia a dia. Pergunto como ela está cinquenta vezes por dia, se sente o lugar da operação. Prefiro ela do meu lado tendo todo dia uma informação a respeito. Fico mais tranquilo assim", disse Zé Roberto.

"Estamos respeitando o protocolo médico e ela está fazendo exames periódicos. Vamos ter um feedback de como está a evolução e de quando ela vai poder saltar", completou o treinador da Seleção Brasileira.

Sem poder confirmar seu retorno à Seleção, Natália corre contra o tempo para conseguir participar da Olimpíada de Londres, cuja vaga foi confirmada no último domingo após vitória sobre o Peru. Acompanhar as partidas de fora é algo que a ponteiro descreveu em conversa com o Terra como uma das piores experiências pela qual já passou. Confira a seguir a entrevista com a jogadora.

Terra - Como você está se sentido fisicamente e quando participa dos treinos?
Natália -
Estou me recuperando aos poucos, ainda não estou preparada para saltar. Então tenho que ter paciência para voltar aos pouquinhos a jogar o voleibol que eu jogava antes. Estou em fase final de recuperação, se Deus quiser, mas tenho que ter um pouquinho de calma ainda.

Terra - Como é acompanhar as partidas da Seleção de fora da quadra, sem poder ajudar diretamente?
Natália -
Uma das piores experiências que eu estou tendo desde que comecei a jogar vôlei. É horrível. Para falar a verdade, não é nem um pouco legal, até porque você fica apreensiva. Qualquer jogo que tem você fica nervosa, querendo ajudar e não podendo. É uma das piores coisas que já passei até hoje mesmo.

Terra - Como vem sendo a conversa com o Zé Roberto?
Natália -
Além de poder ficar junto com o grupo, acompanhar esse clima de competição, estou aqui também para eles acompanharem minha recuperação, já que estou em fase final. Acho importante estar aqui com o Zé, com a comissão técnica toda para eles poderem me acompanhar.

Terra - Há alguma previsão de retorno completo às quadras?
Natália -
Não, previsão nada ainda. Tem que esperar mesmo. Estamos acompanhando de mês a mês, toda semana, para ver como que está a evolução. Então não posso dizer, não tem um período certo para voltar. Só tem que acompanhar e ver os exames, mas nada de previsão ainda.

Terra - Qual o panorama que você faz para a Seleção Brasileira para as competições da temporada?
Natália -
Acho que estamos preparadas. Já estamos há algumas semanas treinando, tem que melhorar muita coisa ainda. Mas acho que estamos no caminho. Acho que até Londres a gente vai conseguir estar com o time 100% para enfrentar todo mundo bem.



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