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Natália fica com a última vaga no vôlei e Camila Brait é cortada


Natália correu, pulou, suou. E carimbou seu nome de vez nas Olimpíadas de Londres. Recuperada de uma grave lesão na canela esquerda, a ponteira treinou com a seleção feminina na Arena de Vôlei, nesta quarta-feira, e desfez o suspense sobre sua presença nos Jogos. O registro oficial será feito na manhã de quinta, quando as 12 jogadoras serão inscritas no Congresso Técnico da modalidade. Mas o treinador José Roberto Guimarães já bateu o martelo: Natália está mantida na campanha pelo bicampeonato olímpico, e a líbero Camila Brait, uma das melhores amigas da ponteira, deixa o grupo a três dias da estreia.

Natália vôlei Londres (Foto: Rodrigo Alves/GLOBOESPORTE.COM)

- A parte mais difícil já tinha passado. Nas últimas semanas, quando comecei a saltar, foi só alegria. Só de pisar em Londres entre as 13, já era uma vitória gigante. Não tenho nem como falar da minha alegria. O sonho de todo atleta é estar nas Olimpíadas, então posso dizer que meu sonho está super-realizado - festejou a jogadora de 23 anos, que recebeu dos próprios jornalistas, após o treino, a notícia de que vai disputar os Jogos pela primeira vez.

Foram dois meses e meio sem andar, voltando aos pouquinhos. Tive que reaprender a andar. Mas há males que vem para bem, hoje estou mais fortalecida"
Natália, ponteira da seleção

Camila, também de 23 anos, não treinou nesta quarta porque não está entre as 12 atletas credenciadas e, por isso, não pode estar em instalações oficiais. O técnico ainda não sabe se a jogadora vai continuar em Londres ou voltará para o Brasil. A seleção abre sua participação no sábado, às 18h (de Brasília), contra a Turquia. O grupo B tem ainda Estados Unidos, China, Coreia do Sul e Sérvia.

As jogadoras treinaram na quadra oficial da Arena de Vôlei e também na secundária. A atividade desta quarta foi a única de reconhecimento do ginásio antes da estreia. Após a parte final dos trabalhos, que durou pouco menos de meia hora na quadra de aquecimento, Zé Roberto deu a notícia.

- Pronto, está confirmado. Todo corte é traumático, isso faz parte do contexto, principalmente em um time de mulheres. Depois disso, estabelecidas as 12 jogadoras, acabou. Começa uma nova fase, e essas jogadoras é que vão representar o Brasil. Eu gostaria de ter trazido mais gente para cá e não pude - lamentou o treinador.

José Roberto treinador do Vôlei Brasileiro (Foto: Agência Reuters)

Natália e Camila viveram dias de apreensão desde a chegada à capital inglesa. As duas jogadoras, que têm até uma tatuagem em comum para marcar a amizade, sabiam que as cartas estavam postas na mesa de Zé Roberto. O técnico deixou claro que sua opção era pela atacante, desde que ela tivesse condições físicas. Camila topou viajar mesmo sabendo que só ficaria no grupo caso a amiga fosse vetada pelo departamento médico.

Na terça, o Brasil disputou um amistoso fechado contra a Sérvia. O treinador não quis dar detalhes sobre a partida, mas confirmou que a seleção verde-amarela venceu e que Natália esteve em quadra. Para a jogadora, é o final feliz de um drama que começou há um ano e meio.

- Passa todo o filme na cabeça. Comecei a sentir as dores em janeiro de 2011, aquelas dores chatas. Eu tentando jogar e não descobria o que era. Na seleção, fiz a primeira cirurgia. No clube fiz a segunda operação, que foi mais complicada ainda, tive que me retalhar praticamente inteira. Foram dois meses e meio sem andar, voltando aos pouquinhos. Tive que reaprender a andar. Mas há males que vem para bem, hoje estou mais fortalecida - explicou Natália, que não disputou a última Superliga e ainda não jogou pela seleção em 2012.

Com o grupo definido, o Brasil busca o bicampeonato olímpico com as ponteiras Natália, Jaqueline, Fernanda Garay e Paula Pequeno; as opostas Sheilla e Tandara; as centrais Fabiana, Thaisa e Adenízia; a líbero Fabi; e as levantadoras Dani Lins e Fernandinha.



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