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Recordista olímpico e 'íntimo' de Wimbledon, Sá sonha com medalha

O brasileiro vai participar de sua 3ª Olimpíada, recorde nacional no esporte. Foto: Edson Lopes Jr./Terra

O brasileiro vai participar de sua 3ª Olimpíada, recorde nacional no esporte
Foto: Edson Lopes Jr./Terra

Incluído nos Jogos Olímpicos de Londres de maneira inesperada, André Sá se prepara para disputar a Olimpíada pela terceira vez na carreira, um recorde entre os tenistas brasileiros. Credenciado por alcançar as quartas de Wimbledon em simples e a semi em duplas, ele sonha com uma medalha ao lado do parceiro Thomaz Bellucci na grama do All-England Club, sede do torneio olímpico.

"O objetivo é esse (terminar entre os três melhores). Acredito que temos todas as condições de jogar bem lá", disse Sá, 35 anos, animado pelos sinais de recuperação mostrados recentemente por Bellucci, campeão do Challenger de Braunschweig e semifinalista do ATP 250 de Stuttgart nas duas últimas semanas.

"Eu espero jogar bem com o Thomaz, independentemente da fase em que ele esteja. De repente, até lá ele já estará jogando melhor do que agora", afirmou Sá, que alcançou a semifinal do ATP 250 de Auckland-2010 com o mesmo parceiro. "Por já termos jogado juntos, com certeza nosso entrosamento vai estar bom", apostou.

Parceiro de Flávio Saretta nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, Sá caiu na segunda rodada diante de Kevin Ullyet e Wayne Black, do Zimbábue. Em Pequim, ele jogou ao lado de Marcelo Melo e também parou nas oitavas de final, desta vez frente aos indianos Mahesh Bhupathi e Leander Paes.

"Para jogar três Olimpíadas, você tem que estar no topo do esporte por vários anos e eu consegui me manter na elite para ter essa chance. Estava trabalhando duro para jogar mais uma Olimpíada e sabia que as chances eram pequenas, mas fiquei muito feliz com a classificação. Representa muito para a minha carreira", comemorou. A superfície de grama é pouco animadora para os tenistas nacionais, mas André Sá, que trocou o Brasil pelos Estados Unidos para treinar na respeitada Academia Bollettieri com apenas 13 anos, conta com resultados expressivos no piso escolhido para os Jogos Olímpicos de Londres.

Então com 25 anos, ele alcançou as quartas de final da edição de 2002 de Wimbledon em simples, feito logrado anteriormente por Gustavo Kuerten (1999) e Thomaz Koch (1967). Pouco mais de 10 anos depois da derrota diante do britânico Tim Henman, quinto do mundo na época, o brasileiro lembra com carinho da partida.

"Foi sem dúvida o melhor torneio da minha carreira, com várias partidas de 5 sets. Jogar na quadra central contra o Henman foi incrível, o maior momento da minha trajetória. Lembro bem até hoje os instantes antes de entrar na central, o nervosismo e a ansiedade", recordou.

Embalado pelo resultado de Wimbledon, o tenista alcançou a 55ª colocação do ranking mundial de simples em agosto de 2002 - apenas 11 brasileiros foram mais longe. Na chave de duplas de 2007, ao lado de Marcelo Melo, perdeu na semifinal diante dos franceses Arnaud Clement e Michael Llodra.

Além de André Sá e Thomaz Bellucci, o Brasil conta com Marcelo Melo e Bruno Soares nos Jogos Olímpicos de Londres. Desta forma, o País terá quatro representantes no evento pela quarta vez na história.

Em Barcelona 1992, Claudia Chabalgoity, Andrea Vieira, Luiz Mattar e Jaime Oncins representaram o Brasil. Gustavo Kuerten, Jaime Oncins, Joana Cortez e Vanessa Menga atuaram em Sydney 2000.

Nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, Marcos Daniel, Thomaz Bellucci, Marcelo Melo e André Sá marcaram presença. Em Atlanta 1996, Fernando Meligeni perdeu a disputa do bronze para o indiano Leander Paes.

Na segunda rodada, os brasileiros venceram Paul Hanley, da Austrália, e Kevin Ullyet, do Zimbábue, por 5/7, 7/6 (7-4), 4/6, 7/6 (9-7) e 28/26, em 5h58min - o jogo entrou para a história com o maior número de games (102) de duplas em Wimbledon. "Foi algo que não se podia imaginar. Quatro dias de jogo e 28/26 no quinto set, salvando seis match-points. Com certeza, aquele jogo mudou a nossa carreira", lembrou Sá.

Além dos feitos em Wimbledon, o brasileiro contabiliza mais três vice-campeonatos na grama. Com Marcelo Melo, perdeu a final no Queen¿s Club em 2009 e 2008. No ano de 2001, em parceria com o norte-americano Glenn Weiner, caiu na decisão de Newport.

Questionado sobre a explicação para os bons resultados na grama, algo incomum para os brasileiros, Sá lembra sua própria formação como jogador. "Eu cresci nos Estados Unidos e isso me acostumou com as quadras rápidas, mas acho que minha velocidade e explosão ajudam muito neste piso também", declarou.



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