Melhor jogador brasileiro na atual temporada de seleções, o atacante Murilo não está nada satisfeito com a fórmula do Campeonato Mundial, que vai de 25 de setembro a 10 de outubro naItália. "É estranha", resumiu o ponteiro, que foi eleito o MVP da Liga Mundial, em julho, e do quadrangular amistoso Hubert Jerzy Wagner, em agosto.
A Federação Internacional de Vôlei (FIVB) promoveu uma enorme mudança com relação ao regulamento da última edição da disputa, em 2006. Na ocasião, os 24 participantes se dividiram em grupos de seis, com os quatro melhores passando para segunda fase. Os 16 classificados então foram separados por duas chaves na qual os dois com mais pontos garantiram vagas à semifinal.
Agora, são três fases antes de se chegar à semifinal, formando uma confusão que nem um gráfico no site da FIVB consegue deixar clara na cabeça dos torcedores. Desta vez, os 24 times que começam a disputa foram divididos em grupos de quatro, mas somente o último de cada chave é eliminado. As equipes que seguem na luta pelo título serão então distribuídas em quatro chaves de três, com os dois melhores passando de fase. Separadas novamente em grupos de três, só na terceira etapa é que as 12 seleções restantes lutam entre si pelas quatro vagas na semifinal.
"Você pode perder um jogo no Mundial e está fora do campeonato ou você pode perder cinco e passar para a semifinal. Eu fui pego de surpresa e questionei quando soube a fórmula, pois achei que seria igual a de 2006", comentou Murilo. "No começo, para passar de fase é preciso ganhar só um jogo, então acaba não beneficiando a equipe que tem melhor campanha. Acho errado porque basta uma escorregada, um jogo que você esteja mal na hora decisiva e você está fora...", criticou.
O fato de a Itália estar no grupo A e ter um caminho mais fácil até a semifinal também tem sido alvo de críticas dos fãs de vôlei. A seleção brasileira já está na Europa para tentar o tricampeonato mundial, mas antes de desembarcar na Itália fará três amistosos contra a Alemanha.
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