As recentes manifestações de descontentamento de atletas importantes e veteranos da seleção brasileira masculina de vôlei parecem ter tocado fundo o técnico Bernardo Rocha de Resende, o Bernardinho.
Vazadas dias atrás pela imprensa, as supostas reclamações e críticas do craque Giba ao técnico, que teria obrigado o atacante a voltar dos Estados Unidos para o Brasil antes do término de seus compromissos profissionais apenas para realizar um dia de treino, teriam sido a gota d'água.
Aos mais próximos, Bernardinho tem reclamado, com certa ponta de mágoa, que, após tantos anos de conquistas, pódios e medalhas, ele começa a ter dificuldades sérias para mobilizar as estrelas da seleção, sobretudo as mais experientes e bem pagas, para que elas se entreguem aos treinos, jogos e compromissos do grupo como sempre se dedicaram, ou seja, no "padrão Bernardinho".
E, como se não bastasse, acrescenta o técnico, os mais novos, por comportamento e visão de mundo, não se comprometem como os veteranos se comprometeram no passado.
Bernardinho costuma concluir essas conversas, conta Lauro Jardim em coluna Radar, na mais recente edição da revista Veja, dizendo que sua saída talvez seja o único caminho para motivar os mais velhos e dar um ânimo diferente aos novatos.
Torco para que tudo isso passe e o vencedor Bernardinho volte a se entender com seus comandados.
Assim eles se transformaram na geração mais vencedora deste esporte no mundo em todos os tempos.
Assim poderiam continuar a trabalhar - e a vencer.
Ninguém deve ficar para sempre no comando de nada.
Nem mesmo o vencedor Bernardinho.
Por outro lado, é injusto que, pelo seu histórico de conquistas, o profissional que mais contribuiu para a revolução positiva da seleção brasileira masculina de vôlei em quadra deixe o grupo em um momento de tristeza ou mágoa pessoal e profissional.
Tomara que isso se resolva da melhor forma.
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