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Venturini e Roberta se reencontram no Rio e viram 'professora e pupila'

A atual equipe feminina de vôlei do Rio de Janeiro colocou lado a lado duas jogadoras de diferentes gerações que já estiveram próximas no passado do time. A levantadora Roberta, aposta do Brasil para as Olimpíadas de 2016, atuou na escolinha do clube em 1998, quando tinha oito anos de idade, e chegou a ser boleira da equipe principal da época, na qual Fernanda Venturini, então com 28, era um dos destaques.

Aposentada desde 2007, Fernanda escolheu o Rio de Janeiro para retornar ao vôlei, em maio passado. Prestes a completar 41 anos, a levantadora, mulher do técnico Bernardinho e mãe de dois filhos, encontrou Roberta, 21, como companheira de posição. Hoje, as duas dividem uma relação de "professora e aprendiz".

- Com 20 anos, eu já tinha participado de uma Olimpíada, em Seul, em 88. Com 19, eu havia ganho meu segundo Mundial Juvenil – disse Venturini comparando-se à atleta mais nova.

Roberta, por sua vez, relembra a admiração que possuía em relação ao time de Fernanda.

- Eu consigo lembrar porque a gente acompanhava todos os jogos na época. Eu tinha apenas oito anos, mas eu lembro delas jogando, eu acompanhava os treinos, estava sempre por lá – disse.

Fernanda Venturini e Roberta (Foto: Reprodução SporTV)

Fernanda teve uma carreira vitoriosa. Foi tricampeã do Grand Prix de Vôlei, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Atlanta, ganhou 12 títulos de Superliga e foi considerada uma das melhores levantadoras do mundo. Para Roberta, reencontrá-la dentro da mesma equipe foi algo surpreendente.

- Jogar com a Fernanda eu nunca imaginei, nem com nenhuma delas. Achava que era um sonho muito distante, e agora estou podendo ter essa oportunidade – disse.

A jovem levantadora afirma que mantém os olhos em Fernanda para aprender o máximo que puder dentro das quadras.

- Todo treino eu estou olhando qualquer movimento, toda bola que sai, eu pergunto porque eu não consigo. Tento ver o que ela faz para tentar fazer igual. Lógico que nunca na primeira vez, mas eu estou tentando, qualquer coisa que ela fale eu estou ouvindo e tentando colocar em prática.

Atuando como levantadora, posição em que o Brasil é carente na atualidade, Roberta tornou-se aposta brasileira para os Jogos do Rio-2016, quando terá 26 anos. A atleta conta com o aval da experiente Venturini, que orienta a companheira dentro de quadra.

- Ela é mais alta que eu, teoricamente mais forte de corpo. Dou toques porque acho que o esporte, no futuro, terá russas e americanas, jogadoras altas em geral. Acho que ela está em boas mãos jogando aqui. Treina para caramba. Ter o Bernardinho como treinador foi a mudança na minha vida. Ela tem que aproveitar (o fato de) estar aqui, porque depois vai fazer os próprios voos. Ter uma base é importante – disse.

Fernanda reconhece em Roberta certas qualidades em que a jovem é superior a ela.

- Bola dela para trás eu confesso que é melhor que a minha, e que a minha parte para frente ainda é melhor que a dela. Ela precisa saltar um pouco mais para levantar e está começando a fazer isso, pois o saque dela é melhor que o meu.

Roberta, 20 anos mais nova que Fernanda, objetiva seguir os passos da experiente companheira.

- Espero que daqui a 20 anos eu esteja podendo jogar bem e estar ensinando os outros como ela está fazendo com a gente agora.



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