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Osasco bate o Rio e conquista o penta da Superliga Feminina



Jogar a última final da carreira, num dia 14, era tido como um bom sinal por Fernanda Venturini. Por muito tempo foi esse o número que carregou na camisa, e que passou a ser sinônimo de sorte para ela. Só que neste sábado, no Maracanãzinho, uma outra levantadora vestia a 14. Desta vez, a sorte sorriu para Fabíola, que em sua primeira decisão como titular, ajudou a conduzir suas companheiras e o Osasco ao pentacampeonato da Superliga (2002/2003, 2003/2004, 2004/2005, 2009/2010 e 2011/2012). Na oitava vez em que brigaram pelo título, a equipe paulista mostrou mais consistência, contou com grande atuação da americana Hooker, e não deu chances para as heptacampeãs e nem para que Fernanda se despedisse com o tão sonhado troféu: 3 sets a 0, parcias de 25/14, 25/18 e 25/23.

- Eu não tenho padrinho, mas tenho uma família linda que na hora da derrota me põe para cima. Sou privilegiado. Se eu pudesse, deitava aqui no Maracanãzinho e ficava olhando para esse teto o dia todo - disse o técnico Luizomar de Moura.

Vôlei, Osasco x Rio de Janeiro (Foto: Alexandre Loureiro / Vipcomm)A vibração do Osasco, pentacampeão da Superliga feminina (Foto: Alexandre Loureiro / Vipcomm)

O jogo
O Rio de Janeiro saiu na frente, com um ataque forte de Sheilla. Foi o único momento em que esteve no comando do placar. O adversário ditava o ritmo e o time da casa subia com vontade no bloqueio para tentar conter o ímpeto ofensivo do Osasco. Fernanda deixou tudo igual (6/6) quando fechou, sozinha, a porta para Jaqueline. A ponteira e suas companheiras ficaram mordidas e, dali em diante, passaram a atacar mais forte. O Rio desperdiçava saques, a bola não chegava redonda às mãos de Fernanda o bloqueio já não era o paredão de antes. Do outro lado, tudo dava certo. O time estava redondinho e não demorou a abrir 17/10.

Bernardinho balançava a cabeça, dava orientações, mas nada mudava. Trocou Fernanda por Roberta, Sheilla por Ju Nogueira, só que as falhas continuavam. O saque do time paulista castigava. Hooker também. Enquanto Bernardinho gritava, tentava acordar suas pupilas, Luizomar de Moura levava uma conversa ao pé do ouvido com a levantadora Fabíola durante o pedido de tempo. Na volta dele, diante de um Rio de Janeiro apático, o Osasco fechou o primeiro set em 25/14.

Hooker, Vôlei, Osasco x Rio de Janeiro (Foto: Mauricio Val / Vipcomm)

As heptacampeãs respiraram fundo e se cumprimentaram antes de voltar à quadra, como se o jogo estivesse começando ali para elas. Mais atentas e vibrantes, conseguiram equilibrar as ações. Abriram 4/1 e forçaram o pedido de tempo. O Osasco se arrumou e virou (5/4). Só que já não encontrava aquela fragilidade de antes do outro lado da rede. Sheilla passou a virar mais bolas, ajudando o time carioca a fazer 14/13. A torcida fazia a sua parte e mostrou satisfação quando Bernardinho chamou Amanda para o jogo. O talismã estava em quadra. Se empenhava, só que Hooker voava mais alto. Sem encontrar resistência à sua frente, colocou o Osasco em vantagem: 18/15. As companheiras foram no embalo. Estavam firmes na defesa e faziam valer seu poderia ofensivo, que tanto preocupava o Rio de Janeiro (21/17). Tandara, Jaqueline, Hooker, Adenízia, Thaísa... Estava difícil segurá-las: 25/18.

Vôlei, Osasco x Rio de Janeiro (Foto: Mauricio Val / Vipcomm)

Mas era preciso fazer isso se quisessem se manter na briga pelo título. O Rio saiu na frente e fez 4/2 após um erro de Hooker. O Osasco logo reagiu. Conseguiu dois aces e num ataque de Hooker conseguiu a virada (7/5). Com Mari e um bloqueio duplo de Fernanda e Jucyely, as anfitriãs retomaram o comando do marcador (10/9). Luizomar de Moura achou melhor parar a partida. Pediu tempo, conversou com suas pupilas e a resposta veio rapidamente. O time abriu três pontos após duas bobeadas de Mari. O Rio ainda acreditava. Tirou proveito das falhas e do saque de Amanda para empatar (18/18). A alegria durou pouco tempo. Fabíola procurou por Hooker duas vezes seguidas e ela colocou a bola no chão.

Na arquibancada, a torcida vestida de azul já roía as unhas. A de laranja, em menor número, cantava a plenos pulmões. O Rio não dava ouvidos e subia no bloqueio. Um de Carol deixou tudo igual de novo (21/21). Diante da tentativa de reação, foi só chamar Hooker, que dos últimos seis pontos do Osasco tinha sido responsável por cinco. Fez mais um e deixou sua equipe a um ponto do título (24/22). Jaqueline desperdiçou a primeira chance, mas Thaísa não perdeu a chance que teve: 25/23.

- Foi uma Superliga incrível. A cada ano que passa está mais difícil chegar numa decisão. Não é ganhar ou perder. A gente sai com o espírito de não ter feito o que deveria ter feito - disse Fabi, líbero do Rio de Janeiro.



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