O título inédito da Superliga, conquistado em São Bernardo neste sábado, emocionou os jogadores do Sada Cruzeiro. Enquanto o levantador William chorou ao lembrar do falecido pai, o líbero Serginho reivindicou a chance de brigar por um lugar na Seleção Brasileira.
"Acho que eu poderia ter outras oportunidades . Tive uma e tenho currículo considerável", disse o jogador, dono de quatro títulos em nove finais da Superliga. "Não estou pedindo para ser convocado e ser o líbero que vai jogar as competições. Quero apenas disputar, como outros tiveram chance de disputar", completou Serginho.
William, por sua vez, era um dos mais emocionados em quadra. Para homenagear o pai, vítima do acidente fatal com o Fokker-100 da TAM em 1996, o levatandor entrou em quadra de bigode e não conseguiu continuar a entrevista que concedia ao ser lembrado do familiar.
"Tenho certeza que ele está muito orgulhoso", disse, com a voz embargada. "Foi demais, a gente lutou muito. Fizemos um trabalho sério, a diretoria é honesta. Não tem segredo: quando você trabalha bem, pode demorar um pouco, mas o resultado sempre aparece", declarou o jogador.
O técnico argentino Marcelo Mendez, com o semblante mais sereno, destacou a rápida evolução do Cruzeiro, que tem apenas seis anos de existência. Depois de terminar na terceira e na segunda colocação nas últimas temporadas, o time mineiro finalmente conquistou o título inédito.
"O Sada Cruzeiro está crescendo e acho que já é um dos grandes times do Brasil. Agradeço muito aos jogadores por confiarem em mim. Estou muito feliz com a evolução da equipe. O Brasil tem uma grande quantidade de jogadores com alto nível técnico. Para mim, é um prazer trabalhar aqui", celebrou.
O oposto Wallace também tratou de comemorar o título inédito na quadra do ginásio de São Bernardo. "A emoção de ganhar um campeonato tão difícil é impressionante. Só quem está jogando, batalhando e ralando sabe o que é realmente. Nosso time jogou bem e taticamente conseguiu fazer o que foi proposto", celebrou.
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