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Como foi a vitória ÉPICA do Brasil contra as russas nas Olimpiadas 2012

Zé Roberto já tinha alertado sobre o perigo de Goncharova, e foi justamente ela que puxou o ataque russo no início do jogo. Na primeira pausa técnica, a ponteira já tinha três pontos, e seu país vencia por 8/6. Mas era um outro Brasil em quadra, mais disposto, mais atento, gritando a cada lance. Com duas defesas difíceis de Fabi, uma pancadaça de Garay e um ataque das rivais para fora, o placar virou para 10/8.

Quando Garay atacou para fora, as brasileiras foram ao desespero reclamando de um toque. Fabi pulava feito louca na frente do juiz, que admitiu: a bola tinha batido na trança de uma russa. O espírito era esse: nenhum ponto para o outro lado sairia de graça. E na segunda parada, era o Brasil que vencia. No sufoco: 16/15.

Como Rússia é Rússia, a vantagem trocou de lado outra vez, e quando chegou a 21/19, Zé tirou Dani Lins para colocar Fernandinha. Deu certo, e veio a virada. Mas o placar era uma gangorra, e no desentendimento entre Fernandinha e Thaisa, a bola sequer passou da rede, dando às europeias o primeiro set point. Dani Lins voltou na hora e achou Jaqueline para explorar o bloqueio e evitar o pior. Sheilla, que tanto tinha falado das "ovas" na véspera, viu Shashkova acertar e, na sequência, cortou para fora: Rússia 26/24, 1 a 0 no jogo.

Sem baixar a cabeça, o Brasil manteve a vibração no início da segunda parcial. Na parada técnica, respirava com certo conforto: 8/5. E o alívio virou domínio em seguida, quando o placar pulou para 13/7. Com dois bloqueios implacáveis, foi a 16/9, maior vantagem de uma das equipes até então. Não foi fácil segurar a pressão, mas funcionou. Teve até lance em que a bola quicou na cabeça de uma distraída Gamova, àquela altura com "apenas" sete pontos. Assim o Brasil chegou ao famoso 24/19, placar que assombrou a seleção em Atenas, quando não conseguiu fechar o jogo contra as próprias russas nas semis. O fantasma deu uma piscada para o Brasil, e as rivais cortaram três pontos. Mas Thaisa virou e espantou o susto: 25/22, tudo igual na partida.

vôlei jaqueline brasil startseva rússia londres 2012 (Foto: Agência Reuters)Jaqueline no ataque durante a partida desta segunda-feira, válida pelas quartas (Foto: Agência Reuters)

O terceiro set começou com um rali, e Jaqueline usou bem o bloqueio para colocar o Brasil à frente. O ritmo continuou bom, e quando Thaisa bloqueou para fazer 3/0, Fabi se pendurou nela para festejar. Na parada técnica, o placar era de 8/6, mas Zé Roberto não estava satisfeito: "Tem que ter paciência", pedia às meninas. Ele estava certo, porque a paciência não veio, e a Rússia virou para 13/11. Nem o pedido de tempo em seguida adiantou. A diferença chegou a três pontos na segunda parada: 16/13. Dali em diante, só deu elas. Com uma superioridade impressionante, o time de vermelho se impôs e, com um bloqueio duplo no fim, fechou o set em 25/19.

Veio o quarto set, e logo de cara um 3/0 para a Rússia. Quando fez o primeiro ponto, o Brasil vibrou, mas o risco de dizer adeus ao sonho do bicampeonato já dava as caras na Arena de Vôlei londrina. A vantagem chegou a 6/2 e obrigou Zé Roberto a parar o jogo. A torcida, que andava tímida, apoiou na tentativa de reação. E deu certo. O placar se equilibrou e, numa cortada furiosa de Thaisa, veio a virada para 9/8. Na segunda parada técnica, as brasileiras lideravam por dois. A diferença chegou a 19/16, evaporou em seguida, e voltou a ser de três. Thaisa ainda desperdiçou um saque na rede quanto teve o primeiro set point, mas o bloqueio de Fabiana e Garay fechou a tampa: 25/22.

Mantendo a confiança lá no alto, o Brasil abriu o tie-break fazendo 2/0. As russas sentiram o golpe e chegaram a trombar na quadra, num erro bobo que jogou o placar para 4/2. Ainda era cedo para festejar, mas Zé Roberto puxava os gritos à beira da quadra, e a vantagem se arrastava magra, sofrida. Com Garay voando na ponta, um refresco: 10/7. Pouco depois, Garay acertou a pancada de novo, e a bola foi muito dentro, mas a arbitragem deu fora, para desespero do técnico brasileiro, que invadiu a quadra para reclamar. A tensão tirou o Brasil dos trilhos. O placar chegou a ficar igualado em 13/13, e a Rússia teve seis match points. As guerreiras de amarelo derrubaram um por um. E viraram. E festejaram. E fecharam um tie-break apertado, sofrido, dramático: 21/19.



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