Vinte e cinco pontos de um lado, 12 do outro. Com mais que o dobro da pontuação da Itália, a seleção masculina de vôlei massacrou os rivais no segundo set da semifinal olímpica nesta sexta-feira, em Londres. O atropelamento pavimentou o caminho para uma vitória tranquila por 3 a 0 e carimbou a passagem para a decisão do ouro contra a Rússia, no domingo. Ao deixar a quadra, o ponteiro Dante não conseguia conter o sorriso no rosto. Ainda mais ele, que foi um dos protagonistas de um bloqueio emblemático quando a equipe vencia por 20/10.
- O segundo set foi um dos melhores que já fizemos nos últimos dez anos. Bloqueio, ataque, saque, todos os fundamentos fluíram muito bem - afirmou o jogador de 31 anos.
Quando o Brasil vencia por 19/10, com a situação sob controle, veio o lance que incendiou a Arena de Vôlei. Murilo foi salvar uma bola quase impossível e se jogou nas placas para resgatá-la. Após o ataque seguinte da Itália, foi a vez de Serginho passar para o outro lado da quadra e executar mais um salvamento espírita. O lance terminou com o bloqueio de Dante, que se virou para a torcida para comemorar.
- Mas logo depois me caiu a ficha, eu vi que o ponto não era meu, na verdade era do Murilo e do Serginho, fui falar com eles. Quando chega a 20/10, você geralmente dá uma relaxada. Mas depois de um ponto daqueles, o astral se levanta. Todo mundo estava se matando ali como se estivesse 20/20 - lembra Dante.
Com quatro Olimpíadas nas costas, o ponteiro garante com a passagem para a final sua terceira medalha - ouro em 2004 e prata em 2008.
- É uma sensação ótima, claro. Mas só vou pensar nisso no domingo, quando o juiz encerrar a decisão - afirmou Dante.
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