Há dois anos juntos, o meio-de-rede Sidão e a levantadora Dani Lins já têm todo o futuro desenhado: primeiro virão as medalhas como atleta, depois a aposentadoria e uma vida calma e cheia de filhos em Taubaté, terra de Sidão no interior de São Paulo.
Apesar de morarem juntos há um ano, as palavras 'casamento' e 'filhos' ainda são proibidas na vida dos atletas, que só querem colocar os planos em prática após a aposentadoria. Sidão, 30 anos, garante que brigará pelo ouro nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, enquanto Dani Lins, 28, vai além e quer disputar pelo menos mais duas Olimpíadas.
Em entrevista no TCC (Taubaté Country Club), onde Sidão começou a carreira de jogador aos 15 anos, o casal contou sobre o começo do relacionamento, seus planos conjuntos e a sorte que deram de jogar juntos no Sesi-SP.
- O Murilo e a Jaqueline estão juntos há 10 anos e só conseguiram agora jogar um perto do outro. Vontade de casar e morar juntos, nós temos, e planos também. Mas primeiro vamos pensar na nossa carreira.
Sidão contagiou Dani com amor por Taubaté
Não é raro Sidão terminar entrevistas com a frase "Valeu Taubaté!". A Terra de Monteiro Lobato e Amácio Mazaroppi só traz boas recordações ao meio-de-rede, que contagiou inclusive a namorada. Dani Lins se considera uma filha de Taubaté.
- É uma cidade tranquila, e em um futuro próximo quero montar minha casinha e criar meus filhos por aqui. A população sempre nos recebe muito bem. A gente vem para cá sempre que tem uma folguinha.
Após deixarem as quadras, três ingredientes não podem faltar: vôlei, Taubaté e filhos. A ideia de Sidão e Dani Lins é criar um projeto de vôlei para desenvolver o esporte na cidade.
- Quem sabe, depois que parar, eu não ajude a desenvolver o esporte aqui. Na minha época, já era difícil a situação. Mas eu acho que a cidade pode ser melhor.
Dani sofre com exigente professor Sidão
Dani Lins sabe que jogou bem quando chega em casa e não ouve críticas do namorado. Brincando, a levantadora conta que é difícil agradar Sidão, que está atento a todos os movimentos da atleta dentro da quadra.
- Tem vez que termina o jogo, toca meu celular e quando atendo é o Sidão perguntando por que fiz tal jogada e que preciso melhorar. Eu falo: 'Credo, amor!'. Mas isso é ótimo. Ele é perfeccionista e foi graças às dicas dele que ajudei a seleção feminina a conquistar o ouro em Londres.
Na próxima semana, Dani Lins já pode esperar por mais conselhos do 'professor' Sidão. A levantadora voltou a treinar nesta quarta-feira pelo Sesi-SP, onde se prepara a disputa da Superliga Feminina. Já Sidão está de folga até segunda-feira, quando volta para o Sesi-SP para a disputa da Divisão Especial do Campeonato Paulista.
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