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Walsh encerra carreira e separa de May

Tricampeãs olímpicas contam que se inspiraram na relação das brasileiras Adriana Behar e Shelda. Foto: Terra


Duas lendas do vôlei de praia entram na sala após uma boa hora de almoço. Sorridentes, Kerry Walsh e Misty May-Treanor, tricampeãs olímpicas, esbanjam simpatia mesmo sabendo que será um dos últimos momentos juntas como jogadoras. Após a conquista em Londres, May anunciou sua retirada das areias e vai se dedicar à família. É o fim de uma parceria única de 11 anos e muitos títulos. "É um gosto amargo me separar dela, me deixa um pouco triste, mas tivemos uma linda trajetória", lamenta Walsh.

O Brasil está na história da dupla que também tem três títulos mundiais. Foi no Rio de Janeiro, em 2003, que elas conseguiram seu primeiro campeonato do mundo. "Tivemos momentos maravilhosos antes mesmo daquele torneio. O importante é que começamos lá no topo e terminamos aqui também em primeiro lugar", reconheceu Walsh.

A inspiração da dupla foram as brasileiras Adriana Behar e Shelda, comentarista do Terra nestes Jogos Olímpicos. "São nosso grande exemplo. Nós víamos a paixão que as duas tinham pelo jogo e o amor que tinham uma pela outra", conta Misty May, que encontrou Behar na Vila Olímpica, como chefe de delegação da equipe de tiro com arco do Brasil. As americanas aproveitaram a ocasião para mandar um recado a Shelda. "Shelda, te amamos. Estamos com saudades!"

Misty May decidiu se aposentar para priorizar a família. "Vou continuar jogando para me divertir e, se precisar, dar uma ajudinha para a moça aqui (e aponta para Walsh). Mas depois de um bom período de férias". A agora ex-atleta de 35 anos quer ter mais tempo para meus familiares e amigos.

Embora tenha se retirado com jogadora, May-Treanor pode voltar ao vôlei de praia como técnica. "A idéia me agrada porque fizemos muito pelo esporte e podemos dividir isso com as próximas gerações", conta. Já sua parceira continuará jogando, mas só volta ao trabalho depois de ter mais um filho. "Voltarei para a areia, amo o esporte e vou trabalhar duro para estar bem na Olimpíada do Rio de Janeiro", conta.

As duas fizeram uma breve retrospectiva da sua jornada. Para elas, o pior momento desses 11 anos foi a separação das duas entre 2009 e 2010. Elas contam que jamais tiveram uma discussão forte. "Ela me beija todo dia", brinca Walsh. Falando sério, a dupla ressaltou o trabalho duro e a boa comunicação entre elas como principal segredo de tanto sucesso. "Tivemos sempre o comprometimento uma com a outra, além do suporte de milhares de torcedores e dos nossos patrocinadores", diz Misty May.

Agora, a cumplicidade entre as duas continuará fora das areias. Péssima dançarina, Walsh confessa que pedirá aulas à amiga, que já participou do programa Dancing with the stars, da televisão americana. "Foi muito legal. É um jeito diferente de se expressar", brincou May.



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