
- Procuro chegar ao final da competição na melhor forma física possível, acho que estou melhor porque estou mais concentrada também. Eu me foco jogo a jogo, fico só imaginando o momento da final. Jogo melhor nessa fase (de decisões). Não só eu, a maioria das jogadoras atua melhor nos playoffs. Tento ajudar as meninas em todos os momentos, dentro e fora de quadra. Temos um grupo bem maduro. Às vezes eu ajudo e às vezes são elas que me ajudam - conta a oposta, eleita em fevereiro a melhor do mundo em sua posição por um site italiano especializado em vôlei.
Se é decisão, Sheilla resolve. Foi entre cortadas improváveis que a oposta liderou a seleção brasileira ao bicampeonato olímpico no ano passado, em Londres, também crescendo na reta final. Os torcedores do Osasco esperam que esse filme possa se repetir neste domingo, inclusive com a cena da oposta no topo do pódio mais uma vez. Ela e suas companheiras de time entram na quadra do ginásio do Ibirapuera às 10h para a nona decisão consecutiva da Superliga contra o rival Rio de Janeiro.

- Tenho amigas em todas as equipes, então não muda nada enfrentar o Rio de Janeiro. Sempre entrei para ganhar e será assim novamente. Independentemente de ser contra o Rio, é uma final histórica. Os times têm uma rivalidade grande. Quando chega mais perto, a ansiedade vai aumentando, o frio na barriga cresce, e quem tá perto de você acaba escutando. Esse vira o assunto. Às vezes, tento não falar para não aumentar a ansiedade, mas o assunto fica sendo mesmo a final - disse a oposta.

- Meu noivo é técnico de basquete, então ele entende. Não tem como. Não tem muito o que fazer para conter a ansiedade. O remédio é treinar para passar mais rápido as horas. Passei em frente ao Ibirapuera na semana passada e já acelerou o coração, tirei até uma foto do ginásio. Isso é gostoso.
Encarar uma Sheilla concentrada, em alta e cheia de vontade não é tarefa fácil. Mesmo fortes seleções como Rússia e Estados Unidos sucumbiram diante da jogadora. Ao menos o Rio de Janeiro sabe bem o que vai enfrentar. Resta saber se isso será suficiente para pará-la.

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