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Fofão admite que para adiar a aposentadoria tem que ter força de vontade

Após cogitar a sua aposentadoria, Fofão atendeu aos pedidos da mãe e das companheiras e decidiu jogar mais uma temporada antes de despedir das quadras. Medalhista de ouro pela seleção brasileira nos Jogos de Pequim 2008 e bronze em Atlanta 1996 e Sidney 2000, a levantadora de 43 anos aprendeu a lidar com os sinais do tempo. Acostumada às dores, sabe que não pode treinar com a mesma intensidade de antes para se manter em alto nível e precisa se voltar à prevenção de lesões. Discreta, a jogadora caminha tranquila pelas ruas da Urca em direção à Escola de Educação Física do Exército, local dos treinos diários do Rio de Janeiro. O jeito seguro de falar demonstra a satisfação pela difícil decisão, talvez a mais complicada da carreira. Na temporada 2013/2014, Fofão será um dos trunfos de Bernardinho na busca pelo nono título da Superliga feminina de vôlei. 

- A temporada passada foi muito boa e permaneço com o mesmo foco: ser campeã de novo. Sei que a cada ano fica mais difícil. Tem que ter força de vontade e determinação, mas estou iniciando esse novo ciclo acreditando que será o melhor de todos. São muitas metas a cumprir. Além da Superliga, teremos pela frente o Mundial de Clubes, em outubro, na Suíça - disse a levantadora.

Líder silenciosa, Fofão escondeu das companheiras as dores na panturrilha na última temporada da Superliga, revelando publicamente o problema depois de subir ao lugar mais alto do pódio. Por enquanto, a rotina árdua de treinamentos tem se concentrado apenas na academia. A bola virá um pouco mais tarde, quando os trabalhos aeróbicos e de força já tiverem lhe garantido uma boa base. Quem acompanha de perto o trabalho realizado pela veterana é o preparador físico Marco Antônio Jardim. A exclusiva dedicação da comissão técnica foi um dos fatores decisivos, segundo ela, para que permanecesse na equipe.

- Eles me conhecem bem e isso é muito importante. Também contou o fato de eu querer jogar mais, dar continuidade ao trabalho que comecei na temporada passada. Não tenho dúvidas de que tudo será ainda mais difícil daqui para frente. As equipes, mais do que nunca, querem quebrar a hegemonia das finais entre Rio e Osasco. E vão vir com tudo. Mas nós também estaremos fortes e competitivas e o objetivo, mais uma vez, é chegar à decisão da Superliga - analisou a levantadora.  

vôlei Fofão Fabi Rio de Janeiro (Foto: Danielr Pereira / Adorofoto)

Fofão conta que teve pouco tempo de descanso durante suas férias, após a conquista do título do Sul-Americano de Clubes, em maio, no Peru.

- Confesso que estava bastante cansada. Mas, mesmo durante as férias, não consegui viajar a passeio, só a trabalho para cuidar de assuntos pessoais. Acredita? - diverte-se.

No resto do tempo, como toda boa dona de casa, aproveitou para organizar seu apartamento em São Paulo, onde mora com o marido, o empresário João Márcio.

- Eu precisava organizar algumas coisas, dar uma esvaziada no armário. Tarefas simples, mas que tomam tempo - explica a jogadora. 

A temporada 2013/2014 será a sua terceira pelo Rio de Janeiro. Natural de São Paulo, Fofão tem um currículo de encher os olhos. Além das conquistas em Olimpíadas, a atleta é dona de sete títulos em edições de Grand Prix; três vice-campeonatos mundiais; e quatro Brasileiros (1991/1992, por São Caetano; 1998/1999, São Bernardo; 2001/2002, Minas; e 2012/2013, pelo Rio de Janeiro. 



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