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Molico/Osasco vai à semifinal da Superliga após vitória sobre o Brasília

Osasco x Brasília Superliga (Foto: Joel Rodrigues/FotoJump/Divulgação)

Já são 28 partidas sem perder e uma vaga na semifinal da Superliga feminina. Invicto na fase de classificação, o Osasco também passou ileso pelas quartas de final ao vencer nesta quinta-feira o Brasília por 3 sets a 1, com parciais de 19/21, 21/14, 21/8 e 21/10, no Ginásio de Taguatinga (DF). Com o triunfo, a equipe da Grande São Paulo fechou por 2 a 0 a série em melhor de três jogos, perdendo apenas um set, o da partida desta quinta.

Para chegar ao triunfo, o Osasco, das estrelas Sheilla e Thaisa, precisou acordar após um sofrível primeiro set. Depois do baque pelo revés na primeira parcial, só deu o time visitante, que espera na semi o vencedor do confronto entre Sesi-SP e Praia Clube. Algoz do Osasco na final do Sul-Americano de Clubes, no mês passado, o time paulistano lidera a série de quartas de final por 1 a 0 e vai à semifinal se vencer o segundo duelo, neste sábado, às 13h (horário de Brasília), no Ginásio Praia Clube, em Uberlândia (MG).

Muito bem na partida, a central Adenízia, que marcou 13 pontos (sete de ataque e seis de bloqueio), foi eleita a melhor jogadora em quadra, ganhando o Troféu VivaVôlei.

– Foi um jogo difícil, porque nossa equipe não conseguiu impor o ritmo desde o começo. Começamos meio devagar. No decorrer da partida, aí sim começamos a jogar nosso vôlei, mas isso não pode acontecer. Daqui para frente é pauleira, porque todo mundo vai lutar para ser campeão – disse Adenízia.

Pelo lado do Brasília, a veterana Erika lamentou a derrota e disse que o seu time poderia ter complicado a vida do invicto Osasco.

– Nós conseguimos aproveitar os erros delas no primeiro set, depois demos uma desconcentrada. Lutamos até o final, tivemos um pouco de desconcentração no último set. Acho que poderíamos ter dado mais trabalho – comentou ela.

O jogo

Disposto a não ser eliminado, o Brasília começou muito bem o jogo. Contando com bons ataques das veteranas Erika e Dani Scott, o time da casa também aproveitou erros tolos de Osasco para saltar na frente do placar. Um pouco desconcentrado, o poderoso Osasco não conseguia neutralizar as jogadas da levantadora Flavinha, substituta da lesionada Claudia Adão. Em uma parada técnica, o técnico Luizomar de Moura pediu que a equipe paulista ficasse mais ligada na partida, caso contrário Brasília iria se empolgar com o apoio da torcida e vencer o primeiro set. Ele tinha razão.  Medalhista de bronze em Sydney-2000, Erika encaixou bons saques e o Brasília abriu seis pontos (16 a 10). Após alguns vacilos de Brasília, Thaisa e Adenízia fizeram boas jogadas e o Osasco encostou no placar (19 a 18). Mas o set era para ser mesmo das mandantes. Ju Maranhão acertou uma bela paralela e, depois, Erika bloqueou para o Brasília vencer o primeiro set por 21/19, em pouco menos de 25 minutos de jogo.

Na virada para o segundo set, Luizomar chamou a atenção das suas comandas e a bronca deu resultado imediato. Com a manutenção da reserva Gabi no lugar da italiana Caterina na ponta, o Osasco demonstrou uma postura muito superior em quadra e aproveitou todos os seus ataques para abrir 7 a 1 no placar antes da primeira parada técnica. Preocupado, o experiente treinador do Brasília, Sérgio Negrão, pediu que o seu time atacasse a bola entre Sheilla e Thaisa. Ligadas em quadra, as visitantes não deram espaço para que a tática desse certo.  A melhor equipe da competição ficou esperta na defesa e contou com erros da rival para caminhar tranquilo rumo ao triunfo na parcial. Melhor sacadora desta Superliga, Sheilla teve uma ótima passagem no saque e deixou Osasco com bela vantagem (18 a 9).  Apesar de uma boa reação do Brasília, o set tinha dono. Thaisa soltou o braço e cravou a bola na quadra para empatar o jogo: 21/14.

Totalmente recuperado da fraca atuação no primeiro set, o Osasco repetiu o roteiro da segunda parcial e iniciou muito bem o terceiro set. Contando com uma recepção ruim do Brasília, o time de Luizomar de Moura tinha facilidade para armar os seus contra-ataques. Assim, Sheilla cresceu no jogo. A oposta, além de defender bons contra-ataques e dar passes açucarados, aproveitava a boa atuação da levantadora Fabíola para cravar bolas no fundo de quadra com extrema facilidade.  Quem também não deixava por menos era a central Thaisa, que vive grande fase.  Arrumado taticamente, o Osasco não errava seus ataques. Cabia ao Brasília fazer mudanças, como forçar mais o saque e trocar sua central e uma ponta. Mas a modificação parou no bloqueio do Osasco, que estava muito bem, principalmente com Adenízia que parou Ju Maranhão duas vezes quase seguidas. Com tantos destaques individuais e com sete pontos de bloqueio, o favorito ao título da Superliga feminina venceu o terceiro set por inquestionáveis 21/8.

O quarto set foi uma lavada de Osasco. Funcionando quase como uma engrenagem, as meninas esbanjaram confiança e viraram bola atrás de bola com extrema facilidade. O placar rapidamente estava 10 a 3. Perdido, o Brasília ajudava o adversário cometendo erros atrás de erros. Satisfeito, o Osasco começou a jogar como quis. Alternava jogadas e se dava ao luxo até de errar alguns ataques tranquilos. Quem também não brilhava pôde aparecer, como a sérvia Sanja, que chegou a dez pontos na partida. Até a levantadora reserva Ana Maria teve os seus raros minutos em quadra e foi bem. Com tudo isso, o Osasco fechou o jogo com uma tranquila vitória por 21/ na parcial final, após o time desperdiçar nada menos do que cinco match points. As meninas vibraram muito com a vaga na semifinal da Superliga.


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