Poucos imaginavam duas equipes sem tradição recente no vôlei, como França e Alemanha, em uma semifinal de Campeonato Mundial. Só os mais atentos ao confuso regulamento do torneio preveriam confrontos atípicos valendo vaga na disputa pelo segundo título mais prestigiado do esporte, atrás apenas das Olimpíadas.
Neste sábado, os franceses são os azarões contra o Brasil, às 11h40 (de Brasília). Os alemães tentam vaga contra a anfitriã Polônia, às 15h25. Os jogos serão em Katowice (POL).
– É sensação incrível a de estarmos entre os quatro melhores times do mundo. Vamos lutar como fizemos durante toda a competição. Queremos sair daqui com uma medalha – disse o levantador Toniutti, capitão da França.
Com a justificativa de evitar que as seleções escolhessem rivais, como em 2010, a Federação Internacional (FIVB) decidiu realizar um sorteio para definir como seriam as chaves da terceira fase. Na última terça, o L!Net mostrou a disparidade dos Grupos G (França, Irã e Alemanha) e H (Brasil, Rússia e Polônia) quando analisadas as posições das equipes no ranking da entidade.
A França, que tenta chegar a uma inédita decisão de Mundial, deixou para trás o embalado Irã na primeira chave, com duas vitórias. Já a Alemanha, dona do título da edição de 1970 (quando ainda era Alemanha Oriental), pôde até perder para os franceses por 3 a 0 para avançar na segunda colocação e encarar os poloneses, que também têm uma conquista, em 1974, mas carregam favoritismo em razão da melhor fase e do apoio da torcida.
Apesar da "ajuda" externa, as duas equipes querem comprovar que chegaram à semifinal por méritos. O ponteiro Rouzier, da França, é o segundo maior pontuador do torneio, com 187 pontos, e o terceiro melhor atacante. O oposto Grozer, da Alemanha, é o terceiro maior pontuador (160) e melhor sacador.
– Nós testamos jogadores novos na Liga Mundial e demos um descanso para atletas como o Grozer. Hoje, vejo que fiz uma boa escolha – afirmou o técnico Vital Heynen.
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