Bruninho busca evolução na Itália e espera ano de crescimento da seleção

treino volei seleção brasileira (Foto: Alexandre Arruda/CBV)

A porta na Itália se abriu em janeiro, quando a situação ficou insustentável. Bruninho já não tinha mais como seguir no Rio de Janeiro. Não sem receber salários por quatro meses, não sem a tranquilidade necessária para render tudo o que podia. Era a hora de tomar outro rumo e voltar a defender o Modena. Depois de ajudar a equipe a chegar à semifinal do Campeonato Italiano, o levantador resolveu permanecer por mais uma temporada na Europa. Quer continuar evoluindo, enfrentar mais vezes jogadores que encontrará nos torneios internacionais com a seleção.  

- Acho que é bom para conhecer melhor ainda os adversários enfrentando um campeonato difícil. Além disso, há uma exigência maior com o jogador estrangeiro, uma pressão para jogar bem. A cidade é apaixonada por vôlei, a pressão é grande, então, cada jogo é uma final lá. Você não pode acomodar nunca. Acaba ficando ainda mais focado e vê o jogo evoluir - disse.

A palavra de ordem se aplica não só a ele, mas ao renovado grupo. Na metade do ciclo olímpico, Bruninho quer ver o time dar mais um passo em direção ao crescimento. Depois do vice-campeonato da Liga Mundial, o Brasil terminou o ano passado com o título da Copa dos Campeões. Nesta sexta-feira, contra a Itália, inicia a caminhada pelo 10º troféu da Liga Mundial. A partida será às 14h35, em Jaraguá do Sul (SC). A TV Globo transmite ao vivo, e o GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real. A última vez que o Brasil ergueu o troféu do torneio foi em 2010.

As seleções brasileira e italiana são responsáveis pela maior quantidade de títulos da história da Liga Mundial. A de Bernardinho tem nove, enquanto a comandada por Mauro Berruto soma oito nas 24 edições já realizadas.

- A Itália é uma equipe que está sempre no pódio nas competições internacionais. Tem muita tradição e temos um grande respeito. Agora, eles estão com um grupo jovem e talentoso com muita força de saque e ataque. Jogar em casa é sempre uma pressão maior, mas aprendemos a lidar com isso. Estamos treinando forte e precisamos ganhar ritmo de jogo. Esse é um ano importante e vai ser muito bom ver vários amigos na torcida. Temos que entrar na Liga Mundial com o mesmo espírito de sempre. Talvez não 100% entrosados no início, mas vamos usar todo jogo como final.

O Brasil busca consistência na temporada em que tem como grande objetivo a conquista do quarto título mundial consecutivo, na Polônia, no período de 30 de agosto a 21 de setembro. Bruninho espera que desta vez a tristeza que sentiu na final dos Jogos Olímpicos de Londres 2012, com a vitória de virada dos russos, não se repita.  

- A Rússia está um passo à frente dos outros times. Eu sempre digo que até a final das Olimpíadas, a gente cansou de dar porrada neles. Ganhamos inclusive na primeira fase em Londres. Foi um time que perdeu bastante para a gente. Aí nós sofremos três derrotas consecutivas em momentos importantes. Claro que fica engasgado. Mas não podemos pensar neles antes dos outros adversários. É o time a ser batido hoje. Nós temos que tentar voltar a vencer mais - afirmou o capitão.


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