Sada Cruzeiro lamenta cansaço e tenta tirar lições

 
Éder tenta bloqueio para o Cruzeiro contra o UPCN (Foto: Divulgação/FIVB)

A conversa no hotel entrou pela madrugada de sábado. A equipe ainda tentava assimilar a derrota para o Al-Rayyan na semifinal. Mas não havia tempo para lamento. Era preciso voltar à quadra do Mineirinho de tarde e lutar pela medalha de bronze. Era ponto de honra terminar o Mundial de Clubes no pódio. Apesar da luta e de ter conseguido levar a partida para o tie-break contra o UPCN, da Argentina, acabou fora dele. Sensação incômoda para um grupo que se acostumou a estar no degrau mais alto. Momento de tentar entender o que aconteceu.

- Foi um ano maravilhoso. Foram praticamente 12 meses de trabalho e acho que o time sentiu um pouco o cansaço e também a derrota na semifinal. A gente batalhou bastante para buscar sempre a melhor colocação e não conseguiu. Nosso jogo não foi bom, nosso time não se encontrou contra o Al-Rayyan e  isso deu uma desmotivada. Viemos com o objetivo de buscar o terceiro lugar, mas infelizmente não aconteceu. Pela primeira vez esse grupo fica fora de um pódio - lamentou o ponteiro Filipe.

Sob o comando de Marcelo Mendez, o time chegou a 15 finais consecutivas e 12 títulos. Na temporada 2013/2014 ergueu o troféu do Estadual, Mundial de Betim, Copa Brasil, Sul-Americano e Superliga. Para que fosse perfeita só faltava o bicampeonato do mundo, no Mineirinho. Com a tristeza estampada no rosto, Wallace não comemorou muito o prêmio de melhor oposto da competição.

- Sabemos das dificuldades que tivemos em desempenhar nosso melhor voleibol e contra o UPCN não foi diferente. Mas eles estão de parabéns, jogaram melhor que a gente e mereceram a vitória. Acho que não existe equipe imbatível, pois não somos de ferro, não somos máquinas - afirmou.

Cruzeiro, vôlei (Foto: Divulgação / FIVB)

Embora tenha considerado a temporada realmente muito desgastante, o treinador diz que isso não pode ser usado como desculpa. Prefere pensar que lições serão tiradas e que o time precisará saber lidar com a pressão daqui para frente.

- Se aprende mais com a derrota do que com a vitória. É quando para saber o que fizemos bem e o que fizemos mal. Acho que se sentiu a responsabilidade de ganhar. Vamos ser mais questionados por esse Mundial. É assim, o mundo se divide entre ganhadores e perdedores. Vamos ter que suportar essa pressão - disse.



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