Bernardinho pede atenção contra jovem Cuba


Os rostos mudaram. Aquela Cuba que há quatro anos disputou a final com o Brasil, perdeu algumas de suas estrelas. Robertlandy Simon, Yoandy Leal, Wilfredo Leon e Yoandry Diaz não fazem mais parte do grupo. Com a saída deles da ilha, a aposta foi pela renovação. Nem por isso, Bernardinho espera encontrar um time fácil de ser batido na última partida da primeira fase do Mundial da Polônia. O confronto será neste domingo, às 15h15 (de Brasília), na Spodek Arena. 

Brasil X Coreia, Mundial de vôlei (Foto: Divulgação / FIVB)

- Todo ano eles fabricam jogadores. Jogam num sistema de saque forte, com atacantes jovens. A cada dois anos, estrelas saem e outras surgem. E essas são as estrelas do futuro, para 2016. Eles se mantêm treinando juntos o ano inteiro. São saltadores naturais. Recrutam isso na ilha. É uma fábrica de atletas única - disse.

A média de idade da Cuba comandada por Rodolfo Sanchéz, uma das referências daquele talentoso e provocador time na década de 90, é de 21 anos e 10 meses. Emilio Chapmam, de 17, é o mais jovem deles. Rolando Cepeda e Isbel Mesa são únicos jogadores da equipe com experiência em um Mundial. Ainda assim, a equipe que têm duas vitórias na conta (Coreia do Sul e Tunísia) se mantém com chances de garantir um lugar na próxima fase da competição. Dono de uma campanha invicta, o Brasil é o líder do Grupo B e já está assegurado.

- É o primeiro Mundial deles e se sentem até temerosos em jogar contra um time como o Brasil. É o melhor do mundo. Não somos aquela Cuba de figuras relevantes, mas sim um time muito jovem. Vamos ver como eles reagem em um jogo desses - afirmou Sanchéz.

O ex-jogador foi alçado ao posto de técnico da seleção principal depois que a federação cubana resolver dispensar Orlando Samuels Blackwood por conta do pior desempenho do país na Liga Mundial de 2013. Até então, Sanchéz, casado com a tricampeã olímpica Idalmis Gato, vinha treinando a equipe de base. Em 2010, levou o grupo ao ouro nos Jogos Olímpicos da Juventude, em Cingapura.

Cuba x China Mundial de vôlei (Foto: Divulgação/FIBV)

- Conheço pouco o Sanchéz, nunca dirigi contra ele. Mas é escola cubana. Ele segue ganhando espaço grande como treinador. Teve brilho como jogador, estava dirigindo a base e pode fazer um grande caminho - afirmou Bernardinho.

Nas 52 vezes que se enfrentaram na história, o Brasil levou a melhor em 28. Para o levantador Rapha, a rivalidade serve como uma motivação extra.

- É um clássico do vôlei mundial de anos e a gente gosta de viver isso com eles. O que se pode esperar é um show - disse.


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