A campanha no Grand Prix era impecável: dez  vitórias em dez partidas, com apenas três sets perdidos. A estreia nas finais  começou com um susto, mas acabou em vitória sobre a China.   Porém, veio a  Rússia, antiga carrasca do vôlei feminino brasileiro (duas derrotas em   finais  de Mundial e em uma semifinal olímpica) e voltou a aprontar para cima da   seleção brasileira, que ainda está viva em busca do 11º título da   competição anual. Mas viu o  caminho ficar mais difícil. Com a derrota desta quinta-feira por 3 sets a   0 (19/25,  26/28 e 19/25), no Century Link Center, em Omaha, nos Estados Unidos, as  bicampeãs olímpicas estacionaram nos três pontos e viram as russas somar   seis  – os Estados Unidos também venceram na rodada de estreia e podem   alcançar as  europeias em caso de triunfo sobre a Itália, ainda nesta quinta. Curioso   é lembrar que há exatamente uma semana as brasileiras atropelaram a Rússia na fase de classificação, na Itália. Mas agora o jogo valia muito mais.
- Nós jogamos muito mal, e elas aproveitaram. Nós temos que ter mais   atitude. Foi feio o jogo, mas tem muito campeonato pela frente. Não   conseguimos fazer nada, faltou paciência, atenção - declarou a levantadora Dani Lins.
A maior pontuadora do jogo foi a oposta russa Nataliya Goncharova, com   24 pontos. Pelo lado do Brasil, a ponteira Natália, com 11, e a oposta   Monique, com 10, foram as principais atacantes.
Restam três  partidas para as comandadas de Paulo Coco - a primeira delas contra o  Japão, nesta sexta-feira, às 17h10 (de Brasília), com transmissão do   SporTV e cobertura em Tempo Real do GloboEsporte.com. Depois virão EUA e   Itália. O Brasil tem de buscar três triunfos seguidos e  torcer contra russas e americanas. Vale lembrar que a outra parte da   seleção brasileira   disputa os Jogos Pan-Americanos de Toronto, com o técnico José Roberto   Guimarães no comando.
O jogo
A   partida não começou como o técnico Paulo Coco  imaginava ao fazer uma troca na posição de líbero em relação ao início   da  estreia contra a China: saiu Sassá e entrou Léia. O passe não saía   redondo, e a Rússia logo abriu 4/0. As meninas brasileiras tentaram  entrar no jogo, mas a oposta Goncharova viravam todas as bolas. As   jogadas altas e velozes das europeias faziam a diferença. Em dois bons  bloqueios, Natália conseguiu diminuir a vantagem russa, que chegara a   ser de  sete pontos (11/6). E foi com a ponteira servindo que a seleção teve uma   boa  sequência para encostar no placar (12/11). A partir daí, o equilíbrio   foi a  tônica. Bolas velozes de ambos os lados confundiam a defesa rival e   geravam  pontos preciosos na luta pela vitória no primeiro set. Porém, na parte  decisiva, as russas souberam ser mais frias e eficientes. O Brasil   cometeu  alguns erros e viu as adversárias deslancharem para fechar em 25/19, em   32 minutos.
Estava difícil parar a oposta Goncharova, que  marcou 10 pontos no primeiro set. A levantadora Dani Lins  não conseguia variar tanto as bolas de ataque como no triunfo sobre a China,  porque a rede russa estava bastante atenta e pontuava com seu bloqueio. Assim  ficava fácil para abrir vantagem no placar. Mas a central Juciely, sempre  aguerrida, tentava entrar no jogo, após um primeiro set abaixo da média. Ela  fez dois pontos seguidos e acendeu a seleção (11/10). Todas vibraram bastante,  mas as russas estavam endiabradas. Aliando velocidade e precisão, elas  quebravam o passe brasileiro e mantinham-se sempre na liderança .A seleção reagiu e empatou em 19 pontos. A Rússia  abriu dois, o Brasil foi buscar na raça e assumiu a dianteira (22/21)  anunciando um final de set emocionante. O Brasil teve dois set points com 24/23  e 26/25. No entanto, bastou um para as russas levarem também a segunda parcial  em 28/26.
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