Jaqueline ainda tem dificuldades para respirar. Com os pulmões ainda cheios de secreção, a saúde da jogadora exige um certo cuidado. Desde o ano passado, quando uma pneumonia a tirou da seleção, a ponteira luta contra uma série de problemas que a impedem de render seu máximo. Alvo da preocupação do técnico José Roberto Guimarães, Jaque, porém, tem se esforçado rumo aos Jogos Olímpicos do Rio.
Convocada para os treinos em Saquarema, Jaqueline deveria ter se apresentado ao treinador no último dia 4, quando Zé anunciou a lista. Mas, diante da dificuldade em respirar, pediu um tempo ao treinador e foi fazer exames em um hospital de São Paulo. A apresentação, então, só foi acontecer na última segunda, duas semanas depois. Logo, Jaqueline se reuniu com os médicos da seleção, que analisam o melhor caminho para que a jogadora chegue aos Jogos na melhor forma possível.
- Conversei com os médicos, estão me dando os medicamentos adequados. Não posso tomar qualquer tipo de medicamento. Talvez, se tomasse outros tipos de medicamentos, ficaria bem muito mais rápido, mas não posso. É demorado, processo é lento. Estão estudando, vendo o que é melhor para mim. Ainda tenho muito catarro. Estou melhorando aos poucos, mas estou melhorando. Eu me sinto confiante, muito segura com o grupo, médicos, comissão...
O cuidado com os medicamentos, ela diz, é justificável. Jaqueline não quer abrir brechas que possam atrapalhar seu caminho até os Jogos do Rio.
- Ainda mais nesse ano. Temos que ter cuidado redobrado, ver direito o que vamos tomar. Precisamos procurar o nosso médico, ver o que tomar. Já me passaram remédios manipulados, mas não quis tomar. Prefiro tomar o que eles me indicam. Vai ser aos poucos, mas não quero me arriscar.
Jaqueline está acostumada a lidar com situações adversas. Já precisou superar lesões e problemas pessoais às vésperas de competições importantes com a seleção. Segundo ela, estar no grupo serve de motivação a mais.
- Eu venho passando por problemas de saúde desde que eu tive a pneumonia, em junho do ano passado. Já fui para o Pan ruim. Todo mês, nos campeonatos que jogava, eu ficava doente, minha imunidade baixava, não conseguia treinar direito. Foram meses bem difíceis para mim. Mas é um estímulo novo, uma coisa nova. Toda vez que eu venho para a seleção é uma energia bem positiva para mim. Aqui tenho objetivos muito diferentes do que no clube. Sou uma jogadora de preparação, de ajudar em outras funções. Tenho que colocar na minha cabeça, cuidar de mim nesse momento. E, se deus quiser, vai dar tudo certo. Temos de ter pensamento positivo. E pode ter certeza que é o que eu tenho nesse momento.
Se a temporada no Sesi-SP não foi das melhores (após a Superliga, o clube anunciou o fim do investimento na equipe feminina, anunciou que jogaria com time sub-23 e dispensou as principais jogadoras), Jaqueline acredita na volta por cima com a seleção.
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