O Brasil está na final do vôlei masculino pela quarta Olimpíada seguida. Depois do ouro em Atenas-2004 e das pratas em Pequim-2008 e Londres-2012, a equipe de Bernardinho se classificou para mais uma decisão nesta sexta-feira. E a vaga veio com uma vingança. A seleção brasileira atropelou a Rússia – algoz na final de Londres – por 3 sets a 0, com parciais de 25-21, 25-20 e 25-17.
O adversário da decisão será a Itália, que derrotou os Estados Unidos na semifinal e venceu o Brasil na primeira fase. A partida acontece no domingo, às 13h15, no Maracanãzinho. Enquanto a seleção busca o tri olímpico, os italianos tentam chegar ao primeiro título.
Em uma apresentação que representou todo o crescimento do Brasil desde o início do torneio, a seleção mostrou poder de decisão e confiança no ataque – Wallace foi o maior pontuador. Depois de uma primeira fase irregular, com derrotas duras para os EUA e a Itália, o Brasil evoluiu no momento certo, despachando França, Argentina e agora a Rússia. E contou com o apoio de uma torcida barulhenta e participativa no Maracanãzinho, que nesta sexta mais uma fez ajudou a empurrar o time de Bernardinho para a vitória, ao som de "o campeão voltou".
O jogo – Traumatizado pela virada há quatro anos, quando abriu 2 a 0 e viu o título escapar, o Brasil tentou conduzir o jogo sem dar brechas para o adversário. A equipe teve qualidade para forçar o saque com Lipe e rapidez nas bolas de meio da quadra para surpreender a defesa russa no primeiro set. O empate em pontos seguiu até 14 a 14, quando a equipe da casa conseguiu se desgarrar para fechar em 25 a 21.
A vantagem era brasileira, embora persistisse a dificuldade em como parar o ataque russo. Sete dos 12 jogadores adversários tinham mais de 2 metros de altura. Não à toa fizeram mais pontos de bloqueio e dificilmente eram parados neste fundamento.
Era preciso superar no talento e na boa fase do maior pontuador do torneio olímpico. O oposto Wallace passou a receber mais o jogo e a encontrar as frestas para levar a bola ao chão. A Rússia começou a sentir a vaga na final escapar já perto de perder o segundo set, por 25 a 20. A equipe reclamou tanto da arbitragem que em certo momento um jogador levou cartão amarelo.
O capítulo final da revanche cativou a torcida pela ótima atuação. Superior, o Brasil mostrou confiança até para pontuar no bloqueio, fundamento então dominado pelo adversário, que errou muito na partida – deu nada menos que 25 pontos (um set inteiro) ao time brasileiro. A equipe fechou com tranquilidade em 25 a 17 para decretar a vitória.
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