O Ministério do Esporte está cobrando de volta cerca de R$ 1 milhão do ex-jogador de vôlei Amauri Ribeiro, campeão olímpico com a seleção brasileira nos jogos de Barcelona em 1992 e medalha de prata na Olimpíada de Los Angeles em 1984. A cobrança é por causa de um convênio assinado em 2010 entre o governo e a ABVP (Associação Brasileira de Voleibol Paralímpico), da qual Amauri era o presidente na época.
O acordo era para treinamento e preparação de atletas da seleção paralímpica de vôlei sentado ao longo de um ano, de dezembro 2010 a dezembro de 2011. O objetivo era preparar a equipe para os Jogos Paralímpicos de 2016. De acordo com o Ministério do Esporte, desde que pegou o dinheiro, Amauri "sumiu". A prestação de contas foi parcialmente aprovada e desde 2012 a pasta do Esporte tenta receber o dinheiro de volta.
O valor recebido no convênio foi de R$ 554.636,98. Porém, com a correção dos últimos sete anos, o valor está em R$ 960.900,17. No dia 10 deste mês, o Ministério do Esporte publicou no Diário Oficial da União a cobrança. Na publicação, o Ministério do Esporte afirma que Amauri se encontra em "local incerto e não sabido", e pede que ele efetue o depósito do pagamento para considerar o caso encerrado.
Em 2015, Amauri pediu mais prazo para devolver o dinheiro, mas não cumpriu o acordo firmado. O ex-jogador é atualmente presidente da CBVD (Confederação Brasileira de Voleibol para Deficientes), com sede em São Paulo. A CBVD é uma pessoa jurídica que substituiu a ABVP.
O Ministério do Esporte enviou notificações à sede da entidade, na Vila Mariana, mas não obteve retorno. A reportagem do UOL tentou falar com Amauri diversas vezes na confederação, mas ninguém atende aos telefones.
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