Rexona Sesc fecha a série e avança à 13ª final seguida na Superliga


Jogadores do Rio comemoram em quadra (Foto: Marcello Dias/CBV)



Dizem que a postura mudou, que Bernardinho já não se mostra tão explosivo quanto antes. À beira da quadra, porém, grita, xinga e gesticula de um jeito nervoso, como de costume. Pudera. Na noite desta sexta-feira, a vitória era essencial para voltar a fazer história. Depois de uma série semifinal nervosa, o Rio e Minas tinham de escrever o último capítulo rumo à final da Superliga. E o time da casa se impôs em uma Arena da Barra lotada. Venceu por 3 sets a 1, parciais 25/15, 26/24, 21/25 e 25/20, fechou o confronto em 3 a 2 e confirmou seu talento para chegar a decisões. Em 20 anos de história, sob o comando do técnico mais vitorioso do país, vai para sua 13ª final seguida em busca do 12º título nacional.


Na decisão, um clássico. Responsáveis pela maior rivalidade do vôlei nacional, Rio e Osasco voltam a se enfrentar na decisão da Superliga. A equipe paulista, que havia batido o Praia Clube na outra semifinal, estava à espera do adversário. A decisão será novamente na Arena da Barra, no dia 23/04, às 10h.



O rali logo na primeira jogada deu o tom de como seria a noite. Depois de algumas trocas de bola, Hooker explorou o bloqueio carioca e abriu a contagem para o Minas. Rosamaria, porém, desperdiçou o saque e deu ponto de graça para as rivais. Quando a bola de Juciely explodiu no bloqueio mineiro, o Rio abriu 4 a 1, e Paulo Coco parou o jogo. As donas da casa chegaram a abrir 8/4, mas as mineiras ensaiaram uma reação. Só que o Rio manteve o ritmo frenético. Depois do bloqueio de Juciely, o placar já marcava 12/7, e Paulo Coco parou a partida mais uma vez.



Minas parecia nervoso. Errava passes, se enrolava nas coberturas, falhava nos ataques. Primeiro, Paulo Coco mandou Pri Daroit à quadra, no lugar de Rosamaria. Logo depois, Karine substituiu Naiane. O técnico ainda colocou Fran para sacar na vez de Mara. O Rio, sem nada com isso, manteve seu jogo. No ataque de Drussyla, o time da casa já tinha 19/11. No bloqueio, fim do primeiro set: 25/15.



Gabi soltou o braço, explorou o bloqueio e abriu a contagem no segundo set. Ao contrário dos outros jogos em casa, o Rio se mantinha atento. Ainda assim, Minas melhorou. Conseguiu se manter na cola das rivais e evitou, em um primeiro momento, que as cariocas se distanciassem no placar. Hooker, em nova pancada, usou o bloqueio e fez com que a diferença fosse de apenas um ponto (10/9). O empate veio pouco depois, com Rosamaria, em 11/11.





O jogo se manteve equilibrado. As mineiras passaram à frente pela primeira vez depois de um ataque para fora de Gabi. No bloqueio de Carol Gattaz e Rosamaria, ampliaram a vantagem em 15/13, e Bernardinho pediu tempo. Funcionou. Juciely parou Jaqueline no bloqueio, e as cariocas deixaram tudo igual. Foi um fim nervoso. Rio chegou a abrir vantagem, mas Minas empatou em marcação de invasão de Roberta (23/23). Bernardinho, em fúria fora de quadra, parou o jogo mais uma vez. Apesar do nervosismo, as cariocas conseguiram fechar em bloqueio de Roberta: 26/24.

O equilíbrio se manteve no terceiro set. Rio abriu a contagem, Minas virou e fez 5/3. Mas, na pressão da torcida, as cariocas voltaram a crescer. Abriram 8/6 e obrigaram o técnico Paulo Coco a parar o jogo. As mineiras conseguiram se recuperar e chegaram à virada em ace de Carol Gattaz. Hooker, na sequência, soltou o braço e fez 10/8 para as visitantes. Foi a vez de Bernardinho parar o jogo.

As mineiras se mantiveram à frente por um tempo, mas as cariocas conseguiram buscar no bloqueio de Carol, deixando tudo igual (17/17). Minas, porém, voltou a abrir e obrigou Bernardinho a parar a partida mais uma vez quando o placar marcava 20/18. Foi a vez de o Rio se perder. Apesar da luta, pouco conseguiu fazer diante do momento das mineiras. No erro de ataque de Juciely, 25/21 para as visitantes.

No retorno à quadra, Minas marcou o primeiro ponto, e a torcida pareceu sentir. Aos poucos, porém, o Rio se reencontrou. No ataque para fora de Carol Gattaz, a equipe carioca abriu 5/3. Quando as cariocas abriram 10/7, Paulo Coco tentou arrumar a casa e fazer seu time voltar ao jogo. O efeito foi contrário. As donas da casa dispararam, fizeram 13/9, e o técnico mineiro parou o jogo mais uma vez.

As donas da casa, porém, seguiram seu próprio ritmo. Minas, com Hooker e Jaqueline, se esforçava e tentava tirar a diferença. Quando a vantagem diminuiu para dois pontos, Bernardinho parou o jogo para orientar seu time. Juciely marcou duas vezes seguidas, Monique fez outros dois, e as cariocas abriram 21/15. Minas até tentou tirar a diferença, mas não conseguiu. Drussyla, ao explorar o bloqueio das rivais, fechou a conta: 25/20.

Escalações:

Rio: Roberta, Juciely, Carol, Gabi, Drussyla e Monique. Líbero: Fabi. Entrou: Régis.


Minas: Naiane, Mara, Carol Gattaz, Jaqueline, Rosamaria e Hooker. Líbero: Léia. Entraram: Pri Daroit, Karine, Fran e Maiara


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