
"Lembro do dia em que fiz minha estreia na Liga Mundial. Foi contra o Canadá, em 99. O Maracanãzinho estava lotado, como sempre. Eu estava no banco, na expectativa de entrar e jogar, e quanto fui chamado, o Mauricio (ex-levantador) me disse: fica tranquilo, faz o que voce sempre fez para não se complicar", relembra Dante, que tinha como ídolo, Tande. "Sempre foi nele em que me espelhei, e o Tande sabe disso", admite Dante.
O conselho de Maurício foi seguido à risca. Dante ganhou seu espaço na seleção brasileira e o respeito dos companheiros e dos adversários. Na Liga Mundial de 2004, o atleta goiano teve a missão especial de substituir o então capitão Nalbert, que lutava contra o tempo para se recuperar de uma contusão no ombro esquerdo.
"A Liga Mundial de 2004 foi inesquecível. Tive de assumir o lugar do Nalbert, fomos campeões, e ganhei o prêmio como melhor bloqueio". Dante também guarda boas recordações do título conquistado no ano anterior. "A Liga de 2003 foi outra competição especial. Foi na Espanha, e vencemos o time da Sérvia e Montenegro por 31 a 29 no tie-break", completa o jogador.
Entre tantas conquistas, inclusive seis dos oito títulos da Liga Mundial e o bicampeonato mundial (2002/2006), nenhuma, segundo Dante, se compara às medalhas olímpicas - ouro em 2004 e prata em 2008. "Olimpíada é o sonho de qualquer atleta, e, quando se ganha, é o prêmio máximo", confessa Dante, eleito o melhor atacante nos Jogos de Atenas, em 2004.
Dante esteve fora da seleção brasileira em 2009 por problemas pessoais, e só retornou à equipe no mês passado, na Liga Mundial. Jogou um pouco contra a Bulgária, em Uberlandia (MG), e exatamente contra a Coreia do Sul, no Maracanãzinho, começou a partida como titular e deixou a quadra como maior pontuador, com 18 acertos.
"Senti muitas saudades, e voltar a vestir a camisa da seleção é muito bom. Contra a Coreia foi o meu retorno oficial e minha estreia com este novo grupo, que conta com jogadores espetaculares, e, que, cedo ou tarde, assumirão a posição na equipe", diz o jogador, que ainda encontrada motivação para defender as cores do país nas quadras do mundo inteiro. "Queremos sempre mais, e defender os títulos para o Brasil é o que nos motiva", conclui Dante.

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