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Entrevista com Ricardinho, doido para jogar o Mundial


Após seis temporadas na Itália, você está de volta ao Brasil. O que pesou para esse retorno? 
Ricardinho - 
Vários fatores. Primeiro a saudade de falar minha língua, minha filha mais velha queria voltar, a Júlia, a família tinha muita saudade também, mas o principal foi o projeto do Vôlei Futuro, pela estrutura que tinham me falado. Não conhecia, mas estou confirmando agora nesse tempo aqui, em Araçatuba. Profissionalmente, foi isso que me trouxe para o Vôlei Futuro, e ainda outros vários fatores que coloquei na balança e pesaram.

Você acertou com o Vôlei Futuro. O que espera neste novo clube e no retorno ao Brasil após vários anos na Europa? 
Ricardinho - 
Espero dar meu máximo, para o time, para meus companheiros e para tentar fazer com que o time se adapte ao meu jogo o mais rápido possível, mas daqui a 1 mês posso falar mesmo o que esperar. Espero brigar com os grandes times, com as equipes de ponta, e eu quero tentar chegar e colocar o Vôlei Futuro nesse grupo do primeiro escalão.

Você chegou a ser pré-convocado para a Liga Mundial, mas seu nome acabou retirado da lista. Os conflitos que culminaram em seu afastamento, em 2007, ainda não foram totalmente resolvidos? 
Ricardinho - 
O grande lance foi que eu conversei com o Bernardo sobre minha ida para a Seleção, mas estava muito em cima essa minha volta e eu queria primeiro, antes de tudo, me readaptar ao País. Para mim, para as minhas filhas, minha mulher, a volta ao País não é fácil após 6 anos fora, e eu conversei com o Bernardo e vimos que não era melhor agora. Ficamos de nos falar agora, terminando a Liga Mundial, para ver de novo sobre a minha volta ou sobre a minha não volta, mas não tem nada mais sobre aquilo (de 2007) e eu fico muito feliz em saber disso, conversar com os jogadores, conversar com ele, isso foi muito importante. O que eu quero agora é conversar com o pessoal ao vivo, conversar com o Bernardo para nos encontrarmos, ficamos de nos falar após a Liga, vamos conversar e ver.

Em 2007, você foi escolhido o melhor jogador da Liga Mundial e foi cortado do Pan-Americano. Como você se sentiu, sendo um dos jogadores mais vitoriosos da história do vôlei brasileiro? 
Ricardinho - 
Foi muito complicado, muito triste, não fui só eu que sofri. Meus familiares sofreram muito também e tenho certeza que muitos torcedores também sentiram isso, mas graças a Deus passou, são 3 anos que aconteceram isso, aliás, fez 3 anos dia 21 de julho, então estou super tranquilo agora, e tenho certeza que isso já passou, isso é o mais importante. Nada como o tempo, o tempo cicatriza bem isso, e agora curou isso tudo.

Como foi a sensação de ter visto de longe os seus companheiros jogando a Olimpíada de Pequim 2008? Sentia, mesmo à distância, que aquela decisão contra os Estados Unidos poderia ser "diferente" com a sua presença? 
Ricardinho - 
Com certeza eu teria dado meu máximo. Mesmo porque uma medalha de prata também é algo significativo, os Estados Unidos estavam em um dia inspirado, e jogo é isso mesmo. No vôlei não tem empate, infelizmente não foi o Brasil que levou, mas faz parte. Não posso dizer se eu estando lá seria diferente, mas o meu máximo eu daria, daria tudo que pudesse e mais um pouco.

Você acredita que errou de alguma forma, na época do corte? 
Ricardinho - 
Acredito que sim, com certeza, todos erraram, tanto eu, quanto o Bernardo, quanto os jogadores. Isso foi um lance que poderia ser evitado, mas aconteceu e só uma pessoa, Deus, sabe o porque disso tudo e o motivo real de isso ter acontecido.

Acredita que vai ser lembrado para o Mundial? Se sim, vai aceitar o retorno? 
Ricardinho - 
Quem não quer ser convocado? Se me convocar, com certeza eu vou ficar muito orgulhoso, são três anos sem ser convocado, vou ficar muito contente, com certeza.

Você e o Giba eram muito próximos, mas houve as declarações públicas dele contra você na época. Como está o relacionamento de vocês dois hoje em dia? 
Ricardinho - 
Agora está bacana, nos falamos por telefone, vamos nos encontrar após a Liga. Até porque ele mora em Curitiba e eu em Maringá, aí vamos ver de nos falar, de nos encontrarmos. Só vamos esperar acabar a Liga porque ele vai pegar uns dias de folga, e vai dar para a gente bater um papo de novo, e se reencontrar.

Agora você está com 34 anos, você acredita ter fôlego para chegar a Londres 2012? 
Ricardinho - 
Fôlego acho que vou ter sim, mas vou voltar a trabalhar agora no Vôlei Futuro, preciso rever muitas coisas agora. Primeiro vou pensar no Vôlei Futuro, no Mundial e em outras coisas que eu coloquei como metas, mas fôlego acho que vou ter para Rio 2016, mas vamos ver.

Você já planeja o futuro fora das quadras? Aceitaria ser treinador, por exemplo? 
Ricardinho - 
Eu penso em trabalhar com o vôlei, mas não quero me aposentar antes do tempo, criar uma data, algo assim. Ainda não coloquei nada, mas com certeza quero me envolver com o esporte. E ainda não tenho a mínima ideia do que vai ser feito no futuro, isso vou pensar apenas mais para a frente.


Entrevista concedida ao Terra.


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