A potência das cortadas de Natália fez com que José Roberto Guimarães fosse contestado quando decidiu fazer treiná-la passe, ao invés de deixar a jogadora atuar somente como oposta, onde teria que se preocupar simplesmente em atacar. Agora, com Paula Pequeno e Mari machucadas às vésperas do Mundial, ele comemora o trabalho feito nos últimos anos com a jovem catarinense.
"Quando faltaram Mari e Paula e precisamos lançar Natália na ponta, graças a Deus esse trabalho que vem sendo feito desde a entrada dela na seleção surtiu efeito", comentou o treinador, que durante boa parte do Grand Prix utilizou a jogadora como reserva de Sheilla, mas precisou deslocá-la para a ponta no fim da competição. "Ela está sempre treinada nas duas posições. Na seleção, a gente nunca descuidou da Natália no passe", destacou.
Independentemente da recuperação do tornozelo esquerdo de Paula Pequeno - Mari, com o ligamento cruzado do joelho direito rompido já está fora do Campeonato Mundial -, Natália seguirá treinando como ponteira. Há grandes chances, inclusive, de ela começar a disputa no Japão ao lado de Jaqueline, como aconteceu nas últimas duas partidas do Grand Prix, as vitórias por 3 a 0 sobre Itália e China.
"Ela vai continuar fazendo as duas posições de oposta e ponta e precisa continuar evoluindo nesta posição porque ainda tem muita coisa na carreira", afirmou Zé Roberto.
A seleção brasileira feminina de vôlei se reapresentou em Saquarema nesta segunda-feira para iniciar os treinos visando o Campeonato Mundial, que será realizado entre 29 de outubro e 14 de novembro. Até lá o time deve fazer amistosos, em datas e locais ainda não divulgados, contra os Estados Unidos, atual campeão do Grand Prix.
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