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Rio de Janeiro vence Osasco para fechar o turno invicto

Uma central de 1,84m fez a diferença no principal clássico do vôlei feminino brasileiro. Em jogo com Sheilla, Jaqueline e Natália em quadra, foi Juciely que brilhou na vitória do Rio de Janeiro sobre o Osasco por 3 sets a 1 (23/25, 25/18, 25/19 e 25/15), que deixou o time carioca na liderança absoluta no encerramento do primeiro turno da Superliga. A jogadora, que não treinou na manhã deste sábado devido a uma febre que a incomodou durante toda a noite anterior, marcou nove bloqueios e virou o nome mais gritado pela torcida de 7.500 pessoas no Maracanãzinho.

Osasco x Rio de Janeiro  comemoração vôleiShow do Rio de Janeiro em frente à torcida no Maracanãzinho (Foto: Maurício Val/VIPCOMM)

- É muito treino e superação. A gente sabia que ia ser muito difícil. Trabalho bastante, mas sei que ainda falta um pouco de equilíbrio. Vejo umas bolas voando ainda - brincou Juciely, em entrevista ao SporTV. 

Com campanha invicta em onze jogos, o Rio de Janeiro volta à quadra na quinta-feira para abrir seu returno contra o Macaé, às 19h. Já o Osasco joga na terça-feira, contra o Pinheiros, às 19h30m.

- Fizemos uma quantidade grande de bloqueios, muitos contra-ataques. É um time em construção. A Juciely fez uma partida excepcional, mas ainda temos muito crescimento. É importante terminar com duas vitórias para ter vantagem nos playoffs - concluiu o técnico do Rio de Janeiro, Bernardinho.

Osasco abre o placar

No início do jogo, as muralhas dos dois times fizeram a diferença. Se de um lado, Valeskinha crescia na rede, do outro, Thaísa subia com seu 1,96m de altura para parar o ataque carioca. Ao todo, sete bloqueios certeiros deixaram o primeiro set equilibrado até o segundo tempo técnico, com muitos ralis também aparecendo na quadra do Maracanãzinho.

Na parada, Luizomar de Moura, técnico do Osasco, avisou: "Tem que ter cabeça para jogar. Ponto a ponto". E Natália teve. Mesmo com levantamentos baixos, a oposta voou por cima da marcação, aproveitou a defesa mal posicionada das adversárias e virou quatro bolas seguidas para levar o Osasco à virada no placar por 19/16.

O Rio de Janeiro chegou a assustar no fim da parcial. Bernardinho chamou Juliana do banco, e a jogadora acertou um belo bloqueio, aproveitando o saque de Regiane. Depois do erro de ataque de Jaqueline, a equipe carioca empatou o jogo em 23 pontos. Porém, Sheilla não virou a mão na rede – depois de perder dois saques –, e Dani Lins levantou com dois toques na bola e o set ficou com Osasco (25/23).

Mal em quadra, Jaqueline é substituída

Osasco e Rio de Janeiro jaquelineJaqueline não tem bom dia no duelo com o Rio de
Janeiro (Foto: Maurício Val/VIPCOMM)

A alegria que calou o Maracanãzinho na primeira parcial não apareceu na volta à quadra do Osasco. Foi a vez das donas da casa tomarem conta do jogo. Dani Lins distribuiu bem as jogadas, e coube à Sheilla e Juciely mandar a bola para o chão.

O Rio de Janeiro não tomou conhecimento do Osasco no segundo set. E o abatimento da equipe paulista foi um dos responsáveis por isso. Jaqueline, mal na recepção, cometeu muitos erros e, quando o placar mostrava 9 a 4 para as donas da casa, a ponteira olhou para Luizomar com uma expressão de quem estava pedindo para sair. O técnico entendeu e a substituiu por Samara, campeã mundial infanto-juvenil com a seleção brasileira, de apenas 18 anos.

Até mesmo Natália, maior pontuadora do jogo até então, mandou uma bola na rede após belo rali. O desânimo entre as jogadoras do Osasco era evidente. Depois que Sheilla bloqueou Samara, Luizomar chamou Jaqueline de volta. A ponteira entrou e logo recebeu a bola. Sem aquecimento, direto do banco, pouco pôde fazer. Vitória do Rio de Janeiro por 25 a 18, e jogo empatado em 1 a 1.

Juciely brilha na rede

O terceiro set começou quente. Bernardinho e Luizomar de Moura discutiram após a demora na formação do time do Rio de Janeiro em quadra antes do reinício do jogo. A comissão de arbitragem teve de intervir para acalmar os ânimos.

Após o apito inicial, o Osasco entrou melhor na partida. A equipe paulista manteve dois pontos de diferença no placar, com direito a ace da Thaísa. Do outro lado, o Rio de Janeiro sacava em Jaqueline, que voltou melhor, com bons passes para Carol Albuquerque.

A levantadora, porém, não distribuiu bem as jogadas e deu margem ao surgimento do grande nome do jogo: Juciely. A central de apenas 1,84m parou o ataque adversário com cinco bloqueios, sendo três consecutivos. Jaqueline e Natália tentaram passar pela "baixinha", mas não conseguiram. A oposta até chegou a isolar uma bola perto da arquibancada após ver a rival surgindo em sua frente de novo na rede.

Pelas mãos de Juciely, que também marcou no ataque, as donas da casa viraram o jogo para 17 a 15. Nem mesmo o erro de saque de Sheilla – o quarto da oposta na partida – foi capaz de parar o Rio de Janeiro. Adenízia foi bloqueada por Dani Lins, e Sheilla voou na rede, aproveitando bom saque da levantadora para fechar a virada em 25/19.

- Não conseguimos manter a virada de bola. Esse é um jogo extremamente estudado. Tínhamos uma proposta de não errar. Talvez a insegurança de não errar tenha feito elas não arriscarem. E, em um jogo como esse, tem que correr riscos – disse Luizomar.

Rio chega à vantagem de 11 pontos

Depois de perder o segundo set seguido, Osasco não soube voltar ao jogo. O time continuou demonstrando desânimo em quadra. Natália isolou a bola novamente, e a recepção falhou no saque de Sheilla para permitir a vantagem de 11 pontos das donas da casa. Após mais um bloqueio de Juciely, Jaqueline errou mais um ataque e, na bola de segunda de Dani Lins, o Rio comemorou a vitória por 25/25 com a torcida.

- O time errou demais, ficou nítido isso. Ficou desconcentrado, não acreditou. Agora, tem um jogo forte contra o Pinheiros. Precisa colocar a cabeça no lugar – afirmou a central Adenízia.



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