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Serginho põe em dúvida volta à Seleção: "precisamos renovar"

Um dos principais ícones da nova era do voleibol brasileiro, o líbero Serginho, 35 anos, colocou em dúvida sua volta à Seleção, após recuperar-se de uma cirurgia de hérnia de disco. "Realmente ainda não sei se vou ser útil para a Seleção e se ela vai ser útil para mim. Precisamos renovar", disse, em entrevista ao Terra.

Atualmente jogando a Superliga de Vôlei pelo Sesi/São Paulo, Serginho acrescentou: "conversei com o Bernardinho (treinador da Seleção) há duas semanas. Nós falamos sobre muitas coisas, mas não ficou nada definido; é de se pensar. Quero ser útil, não quero ir lá para ocupar espaço de ninguém. Eu acho que a Seleção tem de se renovar, pois a posição de líbero está carente. Já estou com 35 anos, temos que começar a garimpar, a procurar novos talentos".

Quem também participou da entrevista, no programa Rumo a 2012, foi Montanaro, atual coordenador de vôlei do Sesi, que se destacou da conquista da medalha de prata na Olimpíada de 1984. "A Seleção não pode abrir mão de um atleta como ele", disse, referindo-se a Serginho.

"O líbero não é simplesmente o que defende, ele tem uma posição de liderança no grupo. Além disso, o Serginho é uma referência no esporte, pois já foi eleito o jogador mais valioso em um mundial (2009), sem marcar nenhum ponto", completou o ex-jogador, que além da Seleção defendeu clubes como Paulistano, Pirelli e Banespa.

Pensando no futuro do esporte, e na Olimpíada de Londres, em 2012, Montanaro destacou a importância do selecionado e o atual cenário do vôlei brasileiro.

"A Seleção é o espelho: os jovens se motivam com ela e vão querer praticar ainda mais o esporte por sua causa. Certamente, com uma boa Seleção, é possível que garotos continuem jogando vôlei depois da escola."

Acompanhando de perto a equipe de Serginho, que ainda conta com Murilo, melhor jogador do mundo em 2010, Montanaro lembra que os clubes também são beneficiados pelos novos incentivos ao esporte.

"Hoje o cenário é muito melhor. Embora fosse uma época romântica, nós já sabíamos quem seriam os finalistas no brasileiro, nas décadas passadas. Agora, você não consegue prever. Há pelo menos seis equipes brigando, o que mostra um crescimento, que é muito mais interessante para o vôlei brasileiro."

Dentro das quadras, Serginho já tem seu nome escrito da historia do esporte com a medalha de ouro Olímpica em 2004, o Pan-Americano de 2007 e os Mundiais em 2002 e 2006 - e pode analisar o campeonato que encontrou quando chegou a equipe paulistana.

"O nível está alto. Eu voltei bem, sem dores, mas precisei de três ou quatro partidas para ficar com ritmo, mas ainda tenho muito que melhorar. Não podemos se contentar com o nível em quadra, temos sempre que pensar em se aprimorar."

Sobre a operação e o tempo parado, Serginho ainda comentou, com bom humor: "eu merecia esse tempo de descanso, só não precisava de uma cirurgia".

Fonte: Terra



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