Superliga disputada: recorde de cinco sets na quadra

A atual Superliga de Vôlei já tem uma marca a comemorar: a de maior equilíbrio de todos os tempos. Já se aproximando do fim da primeira fase, não dá ainda para apontar um grande favorito, seja na competição masculina, seja na feminina. Nesta, ao contrário dos últimos oito anos, de polarização entre Unilever-RJ e Osasco-SP, treinadores e jogadoras são unânimes em indicar quatro candidatos fortes ao título: os dois já tradicionais e os igualmente paulistas Pinheiros e Vôlei Futuro – o Minas corre por fora.

No torneio masculino, nas cinco edições anteriores, as quatro primeiras foram decididas por Minas e Cimed-SC e a mais recente entre os catarinenses e o Montes Claros – o time do Sul fez a festa quatro vezes e os minas-tenistas fizeram uma. Diante do equilíbrio na Superliga 2010/2011, a opinião generalizada é que há sete equipes com chances de chegar ao topo do pódio: Sesi-SP, Cimed, Cruzeiro, Montes Claros, Minas, Pinheiros-SP e Vôlei Futuro-SP.

A explicação para tantos candidatos se deve aos números da competição. Na masculina, 41 dos 182 jogos terminaram com o placar de 3 a 2 (22,52%). Jamais houve tantas partidas finalizadas em cinco sets desde a criação do Campeonato Brasileiro, que mais tarde teve o nome mudado para Liga Nacional, antes de se transformar em Superliga.

O "líder" de jogos no tie-break é o Vôlei Futuro (11 dos 24 que disputou, com cinco vitórias e seis derrotas). O Volta Redonda-RJ tem oito (quatro triunfos e quatro revezes). O São Bernardo-SP repetiu o placar sete vezes, tendo vencido quatro.

Do trio mineiro, o Minas disputou cinco jogos de cinco sets. Superou Campinas, Santo André-SP e São Bernardo e foi batido por Vôlei Futuro e Cimed. O Montes Claros fez quatro, ganhando de Sogipa-RS e São Bernardo e perdendo de Sesi e Pinheiros. Dos três que disputou, o Cruzeiro só venceu a Cimed, tendo sivo derrotado por Sesi e São Bernardo. O Olympico perdeu quatro vezes por 3 a 2.

MACKENZIE

Dos 114 jogos da versão feminina, 20 terminaram em 3 a 2 (17,54%). A "liderança" é do mineiro Mackenzie, com nove de suas 18 partidas. Mas venceu apenas duas vezes, ambas contra o uberlandense Praia. Das sete derrotas, duas foram para o Minas e uma para São Bernardo, Pinheiros, Brusque-SC, Vôlei Futuro e São Caetano. Para o técnico Ricardo Picinin, é sinal de que a equipe tem enfrentado de igual para igual os adversários. "Isso mostra que estamos perdendo no detalhe e o time precisa ter tranquilidade para resolver os jogos."

As meninas do Minas ocupam o segundo lugar nessa estatística, com seis placares de 3 a 2 – quatro vitórias (duas vezes sobre o Mackenzie e uma diante de Brusque e São Bernardo) e dois revezes (Pinheiros e São Caetano). O Pinheiros tem cinco partidas de cinco sets e o Praia quatro, tendo perdido todas.