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Sada/Cruzeiro é multado por ato homofóbico da torcida

Nesta quarta-feira, dia 13 de abril, na parte da manhã, o clube Sada/Cruzeiro foi julgado pela Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Vôlei (STJD) pelo caso de homofobia de sua torcida contra o meio de rede Michael, do Vôlei Futuro, durante partida na Superliga Masculina de Vôlei. Em julgamento realizado na Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), o clube foi punido em R$ 50 mil, após decisão unânime.

Denunciado por "praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem sexual", como prevê o artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), o clube mineiro poderia ser multado em até R$ 100 mil, e só não o foi em função de sua primariedade, sem outros condenações anteriores.

O episódio ocorreu na primeira partida da semifinal da competição. Realizada em Contagem/MG, o Ginásio Poliesportivo do Riacho estava lotado no momento da partida e segundo o meia a torcida gritou várias vezes ofendendo o atleta.

"No jogo em Contagem eram cerca de duas mil pessoas, o ginásio estava super lotado e todos me chamando de 'bicha', 'gay' e outras ofensas. Me senti ofendido e constrangido pelo ocorrido; não eram só alguns torcedores de torcida de futebol, eram crianças, mulheres, o ginásio inteiro gritando e me ofendendo", comentou Michael na época. O Vôlei Futuro acabou derrotado por 3 sets a 2.

No julgamento, o advogado do Sada/Cruzeiro, Henrique Saliba, afirmou que não houve qualquer ato discriminatório por parte da torcida do clube mineiro, já que entendia que a torcida não tinha conhecimento da opção sexual do atleta. "O Michael não é um atleta conhecido nacionalmente, e por isso não era de domínio público a sua opção sexual. Isso só ocorreu depois do julgamento, quando o Michael deu uma entrevista assumindo ser homosexual". Assim, pediu a absolvição do clube.

O relator Luiz Tavares Correa, primeiro a votar, anunciou o pedido de condenação do clube mineiro em R$ 50 mil. Os demais auditores, Fernando Ribeiro e Renata Mansur, além do presidente da comissão, Wanderlei Rebello, também acompanharam o voto e decidiram o processo por unanimidade. Ainda cabe o Sada/Cruzeiro recorrer desta punição.

Advogada do Vôlei Futuro, Miriam Simões esteve presente ao julgamento e ficou inconformada com a decisão de denunciar o Cruzeiro apenas em artigo que prevê uma multa. O desejo do clube era, inclusive, mudar o local do próximo jogo. "Foi uma decepção esta decisão. É inadmissivel que só se multe o clube em uma questão tão grave, porque a discriminação foi absurda. Venceu o preconceito".

O time de Araçatuba venceu o segundo duelo e com isso haverá a realização do terceiro confronto, agendado para a próxima sexta-feira, dia 15, às 20h30, novamente em Contagem. Para prevenir novas ofensas, a diretoria do Cruzeiro está realizando uma campanha educativa com a torcida para que o caso não se repita.





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