Fofão partiu para uma nova experiência ainda em 2010. Ao se decepcionar com os projetos do vôlei brasileiro, a campeã olímpica, em Pequim-2008, atuou por uma temporada no Fenerbahçe, da Turquia. O clube é conhecido por sua torcida fanática no futebol, mas prova ter uma estrutura invejável para diversos esportes. A levantadora, que já está de volta a seu país de origem, concedeu entrevista ao jornalista Décio Lopes, em Istambul, há algumas semanas.
Entre os assuntos, foram discutidos a adaptação de Fofão à cultura diferente e, também, os anos de seleção brasileira dela, que completou 41 anos. Segundo a jogadora, a aposentadoria do time canarinho, ainda que não haja uma substituta à altura, é definitiva.
- Foram 17 anos, e encerrei meu ciclo. A cabeça está boa, mas não é uma rotina fácil. Acho que já deu, foi muito bom, mas tomei a decisão pouco após à conquista da medalha (de ouro, nos último Jogos Olímpicos). Vou sofrer assistindo - comentou Fofão.
Na Turquia, onde ergueu dois títulos, ela reencontrou o técnico José Roberto Guimarães, o que lhe deu mais certeza de que poderia estar tomando o caminho certo.
- No começo vim assustada, não sabia o que ia encontrar. Mas fui super bem recebida e, no segundo dia, já me sentia em casa. Morar fora é completamente diferente. Para os brasileiros, é complicado. A comida é diferente, mas existe uma alegria do povo e do time que não te deixa ficar desanimada - disse a levantadora.
Depois do futebol, o basquete ainda ocupa um lugar maior no coração do povo. Mas a tendência, segundo crê Fofão, é que, com o investimento, o vôlei cresça ainda mais. Sem data para se aposentar, ela estuda propostas para retomar a carreira no Brasil no segundo semestre.
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