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No primeiro dia em Pequim, Juliana supera o trauma olímpico de 2008

Em 2008, nos Jogos Olímpicos de Pequim, Juliana e Larissa eram a principal aposta brasileira para superar as americanas Walsh e May-Treanor, medalhistas de ouro quatro anos antes, em Atenas. Uma lesão, no entanto, tirou Juliana da disputa. Larissa, com a reserva Ana Paula, competiu e terminou as Olimpíadas em quinto lugar. A dupla dos Estados Unidos repetiu o topo do pódio nas areias chinesas.

Quase três anos depois, Juliana compete em Pequim, no mesmo Chaoyang Park onde estaria em ação nos Jogos. Para a jogadora, atuar no cenário olímpico, do qual esteve ausente, é a superação de um trauma.

vôlei de praia pequim  juliana (Foto: EFE)

- Só agora tive a certeza de que esse trauma realmente passou - disse Juliana, após o primeiro dia do Grand Slam de Pequim, nesta quarta-feira. - Fiz um segundo jogo deste dia de estreia bem tranquilo e confirmei que tudo aquilo que aconteceu em 2008 ficou para trás. Espero realmente ter condições de conquistar, desta vez, uma medalha de ouro em Pequim.

A dupla, que está em terceiro lugar no ranking desta temporada, venceu as austríacas Montagnolli e Hansel por 2 sets a 0 (21/16 e 21/16) e, depois, bateu as italianas Giombini e Rosso por 2 sets a 1 (21/16, 17/21 e 15/10). Nesta quinta, Juliana e Larissa enfrentam a dupla Ludwig/Goller, da Alemanha.

Juliana contou que não estava pensando no episódio olímpico quando chegou à capital chinesa.

- É claro que eu lembrava que os Jogos Olímpicos foram em Pequim, mas eu não estava pensando nisso assim que cheguei à China. Estava tão concentrada em fazer uma boa estreia no Grand Slam que até entrar em quadra para o primeiro jogo, a nossa história nas Olimpíadas não veio em minha mente. Esse era apenas mais um campeonato. Ao entrarmos em quadra na arena olímpica, percebi que Larissa, nosso técnico Reis Castro, o preparador físico Francisco Oliveira e o fisioterapeuta Jullius Queiroz se emocionaram. Mas eles tentaram evitar me passar essa emoção ou me lembrar de tudo o que passei aqui.

A jogadora citou um momento que ocorreu logo após o primeiro jogo e que, segundo ela, foi marcado pela emoção de competir na cidade-sede dos Jogos de 2008.

- Ao fim do nosso primeiro jogo, estávamos voltando da vitória da quadra 1, quando fomos paradas por um torcedor. O nosso fisioterapeuta Jullius estava nos filmando e, de repente, ficou tão emocionado que começou a chorar. Ele contou que um filme passou em sua cabeça. Foi aí que a ficha caiu e sinto que o pensamento da nossa comissão técnica é algo como: Agora vai.

Em 2008, três dias antes da estreia nos Jogos Olímpicos, Juliana acabou cortada em função de uma ruptura do ligamento do joelho direito, sofrida no mês anterior no Grand Slam de Paris. Ela precisaria ser submetida a cirurgia, o que a deixaria fora das quadras por quatro meses. Juliana preferiu seguir apenas com o tratamento de fisioterapia para tentar jogar em Pequim-2008. Não deu certo.



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