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A transformação da Sargento Valeska

Dona do currículo mais vitorioso da seleção militar, Valeskinha se destacaria mesmo se não fosse a única campeã olímpica do grupo. Muito expressiva, a meio de rede faz caras e bocas nas conversas com as companheiras e só segura as risadas quando a atividade começa. Com o pé na quadra, após a chamada do técnico Hélio Griner, o sorriso fácil dá lugar aos traços sérios da Sargento Valeska.

- Quando é treino, tem que se concentrar, senão não consegue fazer. Mas, até aquecer, posso saber da novela, que a Régis assiste, o que está na internet, que a Jucy (Juciely) viu. Vamos botando o papo em dia. Sacanear, eu não sacaneio ninguém. Só dou muita risada. Mas, quando acontece alguma coisa, ninguém perdoa, não tem jeito – disse, rindo e imitando expressões exageradas.

Há anos trabalhando com Bernardinho, seu treinador no Rio de Janeiro, Valeskinha não teve nenhuma surpresa com a rotina de obrigações e horários rígidos. A meio de rede conta que, ao ingressar na carreira militar, ainda satisfez um desejo da mãe, a ex-atleta Aída dos Santos.

- Ela ficou superfeliz, porque na época em que ela competia (Aída dos Santos disputou as Olimpíadas de 1964, em Tóquio, e 1968, na Cidade do México) o sistema de governo do país era o militarismo, muito envolvido com os esportes. Ela mesmo não serviu, mas competia com vários atletas das Forças Armadas de outros países.

vôlei valeskinha regiane brasil treino jogos militares (Foto: Helena Rebello / Globoesporte.com)

Valeskinha é a atleta mais consagrada de um grupo que também conta com Juciely e Fernanda Garay, campeãs com a seleção principal na última semana pela Copa Pan-Americana e liberadas pelo técnico José Roberto Guimarães para a disputa dos Jogos Mundiais Militares. As ponteiras Regiane, Michelle e Dayse; a central Natasha; as opostas Fernanda Berti e Monique; as levantadoras Ana Cristina e Camila Adão e as líberos Verê e Martha, completam a lista de convocadas para a competição.

Além do Brasil, outros cinco países terão representantes no vôlei feminino: Estados Unidos, Canadá, Itália, Alemanha e China. A estréia verde e amarela será às 9h de domingo, dia 17 de julho, contra as americanas, no Maracanãzinho.

O mesmo duelo se repetirá na competição masculina, mas às 11h (horário previsto). Entre os homens, 12 equipes disputam o título. Na primeira fase, pelo Grupo A, o Brasil encara, além dos americanos, Qatar, Venezuela, Coréia do Sul e Chipre. Na outra chave estão Canadá, China, Finlândia, Alemanha, Índia e Irã. Todos os jogos da seleção serão no complexo do Maracanã, enquanto algumas partidas das demais equipes serão disputadas no Colégio Militar, na Tijuca.

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