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Brasileiro, técnico das dominicanas elogia rival e sonha com medalha


Brasileiro Marcos Kwiek (à dir.) comandará a seleção de vôlei da República Dominicana no Pan 2011. Foto: Emily Canto Nunes/Terra

Engana-se quem pensa que só na delegação do Brasil tem brasileiros. Mais próximo do que se imagina, no comando do primeiro rival verde-amarelo, a República Dominicana, está Marcos Kwiek, paulistano, 44 anos. Ex-assistente de José Roberto Guimarães na Seleção Brasileira feminina de vôlei, Kwiek está desde 2008 treinando as dominicanas e coordenando o projeto de vôlei no país, que além de ensinar o esporte, dá moradia, comida e material de jogo às crianças carentes.

Há três anos vivendo na República Dominicana, Kwiek contou ao Terra que o convite para coordenar a iniciativa, que vai desde as categorias de base até a seleção principal, aconteceu enquanto ele ainda atuava como assistente na Seleção Brasileira.

A indicação foi de Ary Graça, presidente da Confederação Brasileira de Vôlei, e as negociações duraram um ano até que Marcos finalmente deixasse o País. Segundo ele, o próprio treinador da Seleção sugeriu que ele abraçasse a chance. Com ele, foram os assistentes Wagner Pacheco e Wendel Alves.

De acordo com Kwiek, a intenção dos organizadores do projeto era abandonar a escola cubana de vôlei, baseada na força física, e mudar para a escola brasileira, mais técnica, aliando força à velocidade. Desde então, o técnico acredita que o time teve uma evolução, mas que talvez ainda não seja suficiente para levar a República Dominicana à Olimpíada de Londres 2012, mas que, espera o técnico, garanta a participação nos Jogos do Rio, em 2016.

"Londres ainda é muito prematuro, na nossa região é muito difícil, muito disputada. Nossa intenção em 2016 é de que essa seleção esteja no ponto para brigar com os dez melhores times mundo", afirmou.

Para Kwiek, muito já foi feito desde a chegada, mas a equipe ainda precisa evoluir mais, pois é uma seleção que sofreu renovação e que está aprendendo essa nova forma de jogar. Por isso, enfrentar potências como o Brasil, primeiro rival da República Dominicana no Pan-Americano, deve ser encarado como algo bom pelas atletas.

"Esses são jogos bons para nós. Quanto mais jogarmos com o Brasil, Itália, Estados Unidos, equipes de alto nível, mais chances temos de aprender. Com o Brasil principalmente, que é o melhor do ranking. Ninguém gosta de aprender nas derrotas, mas pelo menos é contra um adversário do melhor nível possível", explicou ele.

Sobre o Brasil, inclusive, Marcos Kwiek conta que é uma vantagem conhecer o estilo de jogo e as jogadoras brasileiras, mas que é sempre um desafio, uma vez que é preciso passar as orientações e o conhecimento para as atletas em quadra. Ex-assistente de José Roberto Guimarães, ele não nega que tenha o sonho de treinar a Seleção Brasileira, mas por enquanto está focado em se aperfeiçoar, ganhar mais experiência.

"Se aparecer a oportunidade, quero estar preparado. Qualquer um que substituir o atual técnico terá uma enorme responsabilidade por conta do nível de jogo em que o Brasil se encontra", afirmou Kwiek, lembrando que José é um dos mais reconhecidos, único no Brasil a ter medalhas conquistadas com ambas as Seleções: feminina e masculina.

Quanto aos Jogos Pan-Americano, o técnico da República Dominicana afirma que é uma competição importante, pois permite aos atletas treinar com bons adversários. Além disso, confessou Kwiek, o objetivo é voltar com uma medalha, não importa de que cor.

"Isso vai depender do que conseguirmos mostrar em quadra, do que traduzirmos do treino para a competição. Somos um bom time, mas a competição ímpar, curta, em que se joga diariamente, sem tempo de recuperação, tem um ritmo bastante forte", disse Marcos. "Se estivermos em um bom momento, podemos sim voltar com uma medalha", concluiu.




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