Publicidade

Header Ads

Musa do vôlei com orgulho, Jaqueline tem carreira de superação


Depois de lesão cervical, Jaqueline já quer voltar a competir na Copa do Mundo do Japão, em novembro. Foto: Aloisio Maurício/Terra

Depois de lesão cervical, Jaqueline já quer voltar a competir na Copa do Mundo do Japão, em novembro

O apelido de Pocahontas não é por acaso. Assim como a personagem do desenho da Disney - feito com base na história real de uma indígena americana, um mito histórico - Jaqueline é vista como uma guerreira pelas colegas e amigas do vôlei. Poucos meses após perder um bebê, ela enfrenta outro grande desafio na vida pessoal e profissional.

Ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008, tricampeã do Grand Prix e vice campeã mundial, Jaqueline disputaria o primeiro Pan-Americano, no México. Ao Terra, antes da fratura cervical sofrida no jogo de estreia em Guadalajara, ela não quis reclamar nem da fila pela comida no refeitório, que vem atrapalhando alguns atletas, ou desmerecer a importância da competição.

"Eu não tenho nada que criticar, estou adorado. Poucos têm essa oportunidade, e eu estou tendo. Muita gente queria estar aqui, tenho que agradecer". Hospedada em um hotel junto à Seleção Brasileira, ela disse que preferia ficar na Vila Pan-Americana, com outros atletas, mas que "estando aqui, em qualquer canto está bom".

Assim é Jaqueline. Otimista, mesmo quando o pessimismo insiste em bater a porta. Mesmo sentida por ter perdido o filho com o também jogador Murilo recentemente, ela brincou ao dizer que os planos de maternidade agora vão ser no ritmo do "deixa a vida me levar". Evangélica e com apenas 28 anos, ela sabe que ainda tem tempo para ser mãe.

Nascida no Recife, Jaqueline não tem problemas em ser a musa do público masculino. "Acho que as pessoas te acharem bonita é bom, imagina alguém chegar para você e dizer que você é feia? Não, eu adoro. Meu marido já me conhece, sabe como eu sou. Eu gosto", contou.

Sobre Murilo, também jogador de vôlei da Seleção, ela diz que ele não gosta muito que ela saia de maquiagem. "Para ele eu sou bonita de qualquer jeito, até quando acordo, mas não é bem assim, não", brinca Jaqueline. "Se me acham bonita, pô, que bom".

Para viagens mais longas, a jogadora conta que faz "barba, cabelo e bigode" antes de sair do Brasil. Com as unhas feitas, pintadas de rosa, Jaqueline disse que é a manicure do time, além de ser referência para cremes e outros produtos de beleza. "Ganhei a eleição da mais vaidosa da equipe. Minha mãe é assim, acho que vem de berço".

Superações
Na Seleção desde 2001, quando tinha 18 anos e foi eleita a melhor do Mundial Juvenil, Jaqueline teve um início de carreira marcado por lesões. Em 2002, operou o joelho por conta de uma contratura e seis meses depois, no segundo dia de treino, torceu o mesmo joelho e foi submetida a mais uma cirurgia. Além disso, teve problemas de circulação na mão.

Já em 2007, às vésperas do Pan, foi pega no exame antidoping e ficou fora da competição por conta do CLA, que continha sibutramina e que a atleta usava para queimar gordura, mas não sabia que estava suspenso no Brasil. Em 2008, a pernambucana voltou e participou das conquistas do Grand Prix e da inédita medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008.

Com a fratura cervical ocorrida no primeiro jogo do Pan de Guadalajara, Jaqueline foi cortada do grupo e corre o risco de ficar de fora também da Copa do Mundo, disputada entre 4 e 8 de novembro no Japão e que vale vaga para os Jogos Olímpicos de Londres 2012.

Ao treinador José Roberto Guimarães, porém, ela avisou que quer participar. Ele, por sua vez, disse que se dependesse dela, a atleta tirava o colar cervical que está usando e jogava até os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Porque ela é assim, reconheceu o treinador.



Postar um comentário

0 Comentários