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Técnico garante que não vai levar Fofão e Fernanda Venturini para a Olimpíada

A equipe ganhou força com a inscrição de Fofão no Mundial de 2010 e com o retorno de Fernanda às quadras - ela vai jogar pelo Unilever/Rio de Janeiro.

Em entrevista ao DIÁRIO, o treinador, que neste domingo comandou o Brasil na conquista do Sul-Americano, com vitória sobre a Argentina por 3 a 0 (25/10, 25/07 e 25/17), resolveu colocar um ponto-final no tema ao fechar as portas da seleção para as duas veteranas.

Segundo o critério aplicado pelo técnico na seleção, não seria justo convocar atletas que não participaram da fase de preparação. Fofão declarou que não defenderia mais a seleção após a conquista da medalha de ouro em Pequim-2008. Já Fernanda, mulher do técnico Bernardinho, entrou em rota de colisão com Zé Roberto em 2005. À época, ela revelou que analisava as atuações da equipe verde e amarela com o marido.

Confira abaixo a entrevista:

DIÁRIO_ Como foi a preparação para o Sul-Americano?
JOSÉ ROBERTO GUIMARÃES_ Treinamos muito forte para manter a hegemonia na América do Sul. O campeonato valia classificação para o Mundial, era o nosso primeiro degrau.

O que você fez para manter as jogadoras motivadas? Afinal, as equipes eram muito inferiores ao Brasil neste Sul-Americano?
A motivação está no simples fato de o torneio valer classificação para o Mundial. Não tem teste, é tentar ganhar sempre o mais rapidamente possível.

E no Pan-Americano? Você poupará jogadoras ou vai com a sua equipe principal?
Não vamos poupar ninguém, vamos com o time A.

Quais rivais devem dar trabalho no Pan-Americano?
Acho que Estados Unidos, Cuba e Republica Dominicana. O Canadá também deve jogar completo.

Você pretende conferir maior entrosamento para a equipe com estes torneios?
Vamos usar como preparação para a Copa do Mundo. Para algumas modalidades, o Pan-Americano vale para classificar o atleta para a Olimpíada. No nosso caso, não. Vamos é jogar mais. No ano passado, não conseguimos disputar tantos jogos. No Pan, vamos enfrentar boas equipes. Não conseguimos marcar amistosos, então vamos para o México continuar o trabalho.

Quantas partidas a seleção precisa fazer até a Olimpíada de Londres?
O ideal é disputar 30 partidas por ano. Em 2010, fizemos menos do que isso. Jogamos 25 vezes, então temos de compensar. Até porque no ano que vem só teremos o Grand Prix antes da Olimpíada de Londres.

Mas fazer essa maratona de jogos não cansa? Não aumenta o risco de lesões?
Não, pelo contrário. Cansa mais você treinar do que jogar. Além disso, elas estão habituadas a esse ritmo e você passa a saber o que o adversário está fazendo. E precisamos jogar mais, principalmente por causa das levantadoras.

Por falar em levantadoras, a Fernanda Venturini agora voltou a jogar. Ela e a Fofão ainda têm chances na seleção?
Temos uma regra dentro da seleção: as jogadoras têm de participar das convocações de todas as competições e dos treinos da equipe dentro do ciclo olímpico. E elas estão fora da regra. Elas não participaram de nada, não contribuíram com nada. Seria injusto com as jogadoras que estão treinando desde o início deste ciclo e ralando todos os dias. Não tem o menor sentido. É uma regra que precisa ser cumprida.

Então, elas estão fora?
Sim, elas estão fora.

Quais serão as principais adversárias do Brasil no Campeonato Mundial?
Vai depender da classificação e do momento das outras equipes. É difícil dizer, mas acho que a Itália e a Sérvia têm boas chances. O Japão também tem criado dificuldades.

E a Rússia?
Acho que a Rússia não joga o Mundial. E a Sokolova (ponteira russa) não deve participar da Olimpíada. Ela me disse no Fenerbahce (time turco comandado por José Roberto) que vai se dedicar mais à família. Só jogará em Londres se lhe derem muito dinheiro.

Você ainda tem vontade de montar uma equipe no Brasil?
Sim. Sempre vou tentar (montar a minha equipe), ainda é um sonho.

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