Do outro lado do mundo, a Seleção Brasileira masculina de vôlei se sentiu em casa neste domingo na vitória por 3 sets a 0 (parciais de 25/22, 25/20 e 25/21) contra a Argentina pela Copa do Mundo. A partida foi disputada em Hamamatsu, cidade japonesa que mais reúne imigrantes brasileiros, e a presença de torcida foi maciça. As cores verde e amarelo puderam ser vistas em toda a Hamamatsu Arena, e som ambiente era de gritos em português, cornetas e batucadas.
Mais de uma hora antes da partida já havia um grande número de torcedores. Com camisas amarelas, da Seleção de futebol ou com uniformes de clubes nacionais, os brasileiros eram maioria esmagadora. Havia também membros de uma organizada do Corinthians, que levaram faixas alvinegras e uma bateria. Nas arquibancadas um transformista vestido de "nega maluca" divertia os presentes.
A festa iniciou-se com a chegada de Bernardinho à quadra, e incendiou-se de vez quando a Seleção entrou para o jogo. No primeiro ponto brasileiro, de Giba, o ginásio explodiu pela primeira vez. A organizada corintiana deixou os hinos de seu clube de lado por alguns instantes e passou a comandar gritos de "Brasil"
Giba era o mais festejado - era fácil ouvir gritos de "Giba neles". Os corintianos exaltaram a presença do líbero Serginho, torcedor do clube paulista, cantando "Serginho é da Fiel". Já para os argentinos houve vaias, além de batucada da torcida organizada na hora do hino adversário.
Um simpático locutor japonês, presente a todas as partidas da Seleção até então, tentava puxar gritos das duas equipes, mas só ouvia vaias como resposta quando pedia apoio à Argentina. Até mesmo Diego Maradona foi lembrado nas provocações.
Ao fim da partida, torcedores se esticavam em busca de fotografias e autógrafos dos ídolos. Um fã até usou uma corda para içar um papel e receber a assinatura dos jogadores. Capitão da Seleção, Giba pegou o microfone para agradecer a presença dos brasileiros e deixar um recado: "espero ver vocês nos próximos dois jogos".
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