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Venturini dá 'prova de amor' a Bernardinho, volta e tenta se adaptar à juventude do time

Fernanda Venturini (e) e Natalia: 19 anos separam as novas parceiras de Unilever

Michael Schumacher, Michael Jordan e Ian Thorpe são alguns dos atletas que já encerraram aposentadorias pelo simples prazer de voltarem a competir. O terceiro retorno de Fernanda Venturini às quadras não foi bem assim, por vontade própria. Em sua nova empreitada como atleta, a levantadora tem feito o possível para se reciclar e se adaptar à nova realidade do voleibol.

Aos 41 anos, Fernanda diz que seu retorno ao esporte foi, de fato, uma prova de amor ao marido, Bernardinho. Após perder Dani Lins para o Sesi e não conseguir contratar Fabíola, o técnico da Unilever recorreu à solução mais próxima para preencher a única posição vaga em seu time para a temporada 2011/2012.

"Meu marido que pediu. Eu estava com minha operação de joanete marcada e ele veio com essa história. Isso que é amor pelo marido", brincou a veterana durante o lançamento da Superliga 2011/2012. "Pensei muito, porque minha vida estava de outro lado. Foi um susto, tive que ponderar bastante, colocar na balança".

Ao pedido do marido se opôs o descontentamento da filha mais velha, Julia, de 11 anos. "A Julia não gostou muito, porque o pai dela já viaja demais. Dia 10, por exemplo, não sei como vou fazer, porque é o dia do jazz dela. É do ladinho do Maracanã, mas eu teria que ganhar o jogo contra o Sesi muito rápido", disse a levantadora, referindo-se ao jogo de estreia na Superliga. "Mas já convoquei tio, padrinho, parente pra me representar lá. A Vitória [filha mais nova, de quase 2 anos] está gostando. No dia que ela foi no jogo ela gritava 'vai, mamãe, vai'. A Julia é muito decidida, cobra mais. Mas eu sou uma mãe muito boa, faço a festa dela, deixo ir pra Disney, então ela não tem muito o que reclamar".

De volta aos treinamentos, Fernanda garante que não sentiu dores excessivas nem teve de fazer mudanças drásticas em sua rotina. Ela tem apenas uma carga de exercícios reduzida nos treinos, mas a boa forma física e o talento conhecido superam os obstáculos causados pela idade.

"Tenho 41 anos, então não vou mais treinar como quando eu tinha 20, 30. Tenho também um problema no joelho com que eu sempre convivi. Então não faço 50 saltos num treino, faço menos. No treino, tenho que fazer só o essencial", explica ela.

A grande adaptação pela qual Fernanda tem passado é ao novo ritmo do vôlei, mais intenso que antes, e à jovialidade de suas novas companheiras. Das parceiras de Unilever, apenas três já passaram dos 30 – Valeskinha, Fabi e Juciely –, enquanto a maioria, com 20 poucos anos, está no auge da juventude. E, por consequência, da curtição.

"Esse time é muito brincalhão. Eu tô ficando velha. Ouço as conversas delas, de balada e tal, e vejo que é outra fase da vida. Mas eu me divirto muito com elas. A Mara que diz que eu sou mais enxuta do que muita garotinha", revelou.

As parceiras confirmam que Fernanda tem tentado se entrosar ao grupo. "Ela está com um espírito jovem, a fim de se entrosar com a gente, sair pra jantar, conversar sobre internet", detalhou Natalia, que não tinha nem nascido quando a levantadora, na época ainda atacante, já era bicampeã mundial juvenil.

Dez anos mais jovem que Fernanda e uma das poucas atletas da Unilever a já ter jogado com ela em anos anteriores, Fabi não esconde a empolgação por tê-la de volta no time.

"Talvez ela não faça as mesmas coisas que fazia quando tinha 20, 30 anos, mas eu comparo com o Romário. Se ele fosse bater um pênalti agora, por mais que não convertesse, ele não faria nada absurdo. A mesma coisa ela. Você não vai ver a Fernanda dar um toque horroroso, dois toques. Ela, o Romário, o Ronaldinho são pessoas fora de série", diz a líbero. "Hoje ela é mãe de duas filhas, tem uma família, talvez ela nem tivesse motivo pra voltar a jogar. Mas ela é a Fernanda, ainda vai fazer coisas espetaculares".

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