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Como está a vida de Thiago Alves no Japão

Enquanto jogadores como Dante, Théo e Rodrigão voltaram ao Brasil para a temporada, tem gente fazendo o caminho inverso. É o caso do ponteiro Thiago Alves, com passagens pela seleção de Bernardinho e campeão pan-americano com o time de novos em Guadalajara. Aos 25 anos, ele vive a sua primeira experiência fora do País e defende o Panasonic Panthers, do Japão.

Há um mês na nova casa, Thiago conta ao iG os desafios de morar do outro lado do mundo. Ele precisa, por exemplo, de uma intérprete que é sua "sombra" o dia todo. "É a Megumi Kamizono e ela trabalha com vôlei desde 1994. Ela fica comigo nos treinos e no banco de reservas durante os jogos para ajudar na comunicação com o técnico e com os atletas. E ela é fundamental fora das quadras também. Ela me auxilia no mercado, nos restaurantes, no trem... Agora no começo seria praticamente impossível viver sem ela por aqui", explica o jogador.

A língua pode até ser um problema para Thiago – que apesar de falar inglês, afirma que por lá poucas pessoas falam outro idioma –, mas não é empecilho para seu pai. Ricardo e Iveth, mãe do jogador, passam as festas de final de ano com o filho.

"Meu pai é uma figura e daqueles bem corujas. Em 2009, quando surgiram os boatos de que eu poderia sair do Brasil, ele já tirou o passaporte. Esse ano, quando assinei com o Panasonic, ele começou a estudar japonês para poder se virar por aqui", conta o atleta. "Foi muito legal da parte dele e deu certo, porque ele e minha mãe passeiam tranquilamente sozinhos por aqui", completa.

Thiago Alves passeia pelo Japão ao lado dos pais, Iveth e Ricardo

Enquanto a comunicação ainda é um desafio, Thiago parece estar se virando muito bem com a nova alimentação. "Os japoneses até se impressionam por eu comer de tudo. Por enquanto não teve nada que eu ainda não gostei. E de bom, eu destacaria o sushi de carne bovina, que nunca tinha visto; o yakiniku (uma mistura de carnes que é assada na grelha na mesa e acompanha diversos tipos de molhos) e o shabu-shabu (também feito à mesa, com verduras, legumes, carnes e massas)", afirma.

Thiago, que após as festas ao lado dos pais irá morar sozinho no Japão, não se assusta com a mudança. Ele, que saiu da casa de Ricardo e Iveth para jogar vôlei profissionalmente depois de completar o ensino médio, se diz pronto para a nova experiência.

"Essa é a terceira vez que estou no Japão, então eu já sabia mais ou menos como as coisas funcionavam. E é legal porque tudo é novidade. E eu vim bem preparado para ficar sozinho mesmo", comenta.

A negociação com o Panasonic Panthers, fechada logo depois do título com o Sesi na edição 2010/2011 da Superliga surpreendeu aos torcedores, já que o Japão não tem uma liga tão forte e conhecida como na Itália ou na Rússia, mas o atleta tem sua justificativa.

"Vim para cá por vários motivos. Acho que aqui poderei pegar um ritmo de jogo grande porque o estrangeiro é bastante exigido. Também acho que fisicamente poderei voltar à minha antiga forma", explica o jogador, que já conquistou o seu primeiro título na casa nova, a Copa do Imperador, no último domingo. "Estou bem feliz com a minha decisão e espero sair daqui com o maior número de títulos possível".

Fonte: IG



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