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Michael aponta Vôlei Futuro como favorito, revela ídolos e evita polêmica


Michael. do Vôlei Futuro, em entrevista exclusiva ao Globoesporte.com (Foto: Alan Schneider)

A equipe masculina do Vôlei Futuro estreia neste sábado, às 19h, na Superliga 2011/2012, contra Juiz de Fora, em Minas Gerais. Depois da desclassificação nas semifinais do Paulista, o elenco do técnico Cezar Douglas Silva teve uma boa preparação para encarar a competição. Na última temporada, o Vôlei Futuro ficou com a medalha de bronze.

A equipe manteve no grupo o levantador campeão olímpico Ricardinho, o líbero campeão mundial, Mário Jr., o oposto cubano Camejo e o ponteiro Dentinho. Os reforços para a nova temporada são os atletas Maurício Souza, campeão Pan-Americano 2011; Vini, campeão da última Superliga com o Sesi (SP); Lorena, que estava Itália; Piá, que veio do Japão e Tiago Brendle, eleito melhor defesa na Superliga 09/10.

Outro que continua no grupo é o central Michael Pinto dos Santos. Aos 28 anos e natural de Birigui, no interior de São Paulo, ele foi vítima de preconceito no primeiro semestre por ser homossexual. O atleta concedeu uma entrevista exclusiva ao GLOBOESPORTE.COM e falou sobre a carreira e o futuro dentro das quadras. Pediu para não entrar na questão do preconceito que sofreu e foi atendido.

Com 2,02 metros e 97 kg, Michael começou a jogar vôlei depois de uma brincadeira. Confira os principais trechos.


GLOBOESPORTE.COM: Como você chegou ao Vôlei Futuro?
Michael: É minha segunda temporada no Vôlei Futuro. Antes estava no time de São Bernardo. Em Araçatuba me identifiquei muito. Conhecia o projeto e fiquei feliz quando recebi o convite. É uma estrutura maravilhosa e cresceu com a chegada de jogadores de alto nível, com atletas de seleção. O que o Vôlei Futuro tem não se encontra em quase nenhum time.

A equipe é favorita ao título?
Araçatuba é umas das equipes favoritas do Brasil. Viemos de um Campeonato Paulista um tanto conturbado. Mas temos um time coeso, difícil e chato de enfrentar porque estamos juntos desde o começo. É uma disputa interna grande pela qualidade dos jogadores. Isso só eleva o nível da equipe. Quem entrar em quadra vai fazer um bom trabalho.

Como é o treinamento no dia a dia?
Malhamos todo dia pela manhã. Os ponteiros realizam trabalhos individuais de passe. Os centrais e levantadores sempre tem um treino de defesa. O treino básico, de volume é feito à tarde.

O que você pensa da Superliga?
Colocamos que o campeonato paulista que passou acabou. Independente do que a gente fez na classificatória quando perdemos na semifinal. Agora precisamos deixar a cabeça no lugar novamente. Temos um campeonato longo pela frente. Estamos empolgados e ansiosos. É um torneio grande e diferente do paulista. São viagens mais longas e equipes de nível mais alto. Será bem desgastante e complicado.

Você pensa em Seleção Brasileira?
Seleção é uma consequência. O que almejo na carreira é manter um bom nível, já que estou com 28 anos. Penso sempre fazer o meu melhor a cada dia. Manter uma crescente sem deixar cair o nível técnico. Quero sempre mais. É fazendo um bom trabalho para ser reconhecido pelo técnico da Seleção. Almejo, mas se a convocação não vier, continuo o meu trabalho. Não vou ficar pensando nisso.

Qual seleção gosta?
Outra Seleção que admiro é Cuba, pela força e garra que ela tem.

Pensa em jogar fora do país?
Para sair do país tenho medo do desconhecido. Uma língua e pessoas diferentes. Mas se surgir uma oportunidade que valha a pena não vejo motivo de não ir.

Como começou a carreira?
Comecei no vôlei por brincadeira na escola em Birigui. Não acompanha muito. Jogava por jogar, não tinha muito acesso ao esporte. Depois que fui crescendo e gostando. Entrei de cara no então time do Banespa, em 1999, depois de passar por uma peneira. Daí, com muito trabalho cresci e hoje estou aqui.

Você se espelhou em quem no início?
Meu espelho maior estava no Banespa quando iniciei profissionalmente. Na época, Gustavo, Braz, Axé, Leandro Toca, Serginho estavam na equipe. São alguns monstros do vôlei. Não tive um só, tive vários ídolos para acompanhar.

O que diz para quem vai iniciar no vôlei?
Parece clichê, mas quem busca consegue. Se você quer alguma coisa é preciso dar a cara a tapa e ir em frente. Ninguém pode fazer alguma coisa por você se não você mesmo. Se você quer tem que ir atrás.
 



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