DÁ PARA TRAZER O BI-OLÍMPICO?
"Dá, lógico que dá. Vamos ralar muito e, como somos as últimas campeãs, vão querer bater o Brasil de qualquer maneira, a gente sabe disso. Então, desde já, a gente conseguindo dar o primeiro passo que é conseguir nossa vaga, em seguida, é se preparar para a guerra!".
Foi nesse clima que a ponteira Paula Pequeno começou nosso bate-papo sobre a seleção feminina de vôlei, seu foco principal nas próximas semanas.
A equipe brasileira já está na cidade de Saquarema, interior do RJ, se preparando para o torneio pré-olímpico que deve enfrentar nos próximos dias. A cidade de São Carlos, interior de SP, receberá entre os dias 09 e 13 de maio a competição, que na chave B, terá, além do Brasil, os selecionados de Argentina, Peru e Chile.
Uma das mais experientes no elenco brasileiro é Paula Pequeno, campeã olímpica em 2008, além de ter sido coroada MVP daqueles jogos. Apesar de confiante quanto à conquista da vaga, a jogadora lamenta a má campanha realizada pelo Brasil na Copa do Mundo (no final de 2011), quando a seleção poderia ter garantido a vaga já em solo japonês.
- São campeonatos completamente diferentes. O nível da Copa do Mundo é altíssimo e a gente precisa estar com um único ideal que é conquistar nossa vaga. Então eu acho que este pré-olímpico pra gente é uma nova chance que temos. Independente do nível do campeonato, precisamos estar preparadas para que não exista nenhum tipo de surpresa - ponderou a atleta, que apesar do favoritismo brasileiro, falou sobre a possibilidade de uma "zebra" na classificatória.
- Todo mundo precisa estar muito atento, né? Principalmente o Brasil, pois seremos o time a ser batido, então precisamos ter muito cuidado. Nós sabemos que são equipes sem muita tradição, mas tem meninas novas, a renovação está acontecendo, são meninas que vem crescendo em termos de nível. Se fizermos o nosso papel, impediremos que a Zebra apareça - disse.
O time brasileiro está completo desde a última quarta-feira (18), quando, além do técnico José Roberto Guimarães, as atletas Adenízia, Fabíola, Fernandinha, Sheilla, Tandara, Mari, Natália, Jaqueline, Thaisa, Juciely, Fabiana, Fabi e Camila Brait, que disputavam a fase final da Superliga, se apresentaram no Rio, juntando as forças com Paula Pequeno, Fernanda Garay, Dani Lins e Sassá, que já treinavam no aguardo das companheiras.
- O nosso time ganha muito no grupo e na qualidade técnica, e acho que isso ajuda bastante. Talvez a única coisa que possa realmente nos atrapalhar, é o fato de a pressão e a obrigatoriedade da vitória serem maiores. Mas é difícil fazer comparações com times que nós ainda não sabemos como estão. Hoje, o que importa mesmo é estarmos focadas naquilo que precisamos fazer -
finalizou a camisa 04.
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