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Entrevista com Camila Brait


A melhor líbero da última Superliga feminina foi Camila Brait, do Sollys/Osasco, premiada após a final contra a Unilever. Entretanto, a titular da Seleção Brasileira segue sendo Fabi, experiente campeã olímpica que conta com a confiança de todo o grupo nacional e segue com atuações de alto nível. Enquanto isso, Brait aguarda sua chance de começar jogando e mantém o sonho de disputar a Olimpíada de Londres.

Durante o Pré-Olímpico Sul-Americano feminino de vôlei, conquistado pela Seleção no último domingo em São Carlos, Brait esteve entre as 12 relacionadas e participou de três partidas. Para Londres, porém, a líbero sabe que terá como concorrência para estar entre as inscritas os prováveis retornos de Mari e Natália, que se recuperam de problemas físicos e deixam a briga pelas vagas mais acirrada.

Entretanto, Brait se mantém paciente. Uma das mais jovens da Seleção, a jogadora de 23 anos sabe que tem algumas Olimpíadas pela frente se mantiver o nível técnico que vem apresentando. Para isso, conversa com a "rival" Fabi, jogadora com quem tem ótimo convívio no time do Brasil e troca experiências.

"Ela me maltrata (risos). É brincadeira, a gente se dá muito bem. São vários toques durante o treino", disse Brait ao Terra, durante conversa em que se derreteu pelo jogo de Fabi e de Serginho, os dois grandes líberos da história do vôlei nacional. Confira a seguir mais sobre a líbero, realidade e uma das promessas para a Olimpíada do Rio de Janeiro.

Terra - Quando se fala em Seleção Brasileira e o vôlei nacional, sempre se comenta seu nome. O que você considera que precisa evoluir?
Camila Brait -
Líbero tem que pegar cada vez mais experiência. Isso é muito importante. Para ser líder, para comandar um grupo. Acho que estou ficando cada vez mais experiente jogando na Superliga, e isso é muito importante. Venho jogando bem. Acho que continuar treinando e ajudando o grupo, que é fundamental, que as coisas vão acontecendo aos poucos.

Terra - É possível notar que seu convívio com a Fabi é muito bom. Como foi no começo? Você pedia conselhos? Ela trocava experiências com você?
Camila Brait -
Com certeza. No começo principalmente, em 2009, quando cheguei, ela me dava muitos conselhos. Até hoje. A Fabi sempre foi muito conselheira, sempre fomos muito amigas. Malhamos juntas na academia. Às vezes ela me dá uns socos. Você viu lá, né? Ela me maltrata (risos). É brincadeira, a gente se dá muito bem. São vários toques durante o treino.

Terra - O Luizomar de Moura (técnico de Brait no Sollys/Osasco) disse ao Terra que busca trabalhar a paciência com você para que consiga seus objetivos. É algo que você trabalha?
Camila Brait -
Com certeza, sempre fui muito paciente. Ele sempre colocou na minha cabeça, 'treina bastante, seja paciente, continua ajudando o grupo que as coisas vão acontecendo devagar e aos poucos'. E é isso que eu sempre tive, sempre tenho, e vou continuar dando meu máximo aí para ajudar o grupo.

Terra - Sua função na partida é a defesa, mas de vez em quando não tem vontade de participar na frente e conseguir alguns ataques?
Camila Brait -
Ah, direto nos treinos sobram umas bolas e eu venho e não estou nem aí. De vez em quando acerto a placa e as meninas gritam "êêê!". Até acaba o treino. De vez em quando dá vontade de atacar, saltar, dar umas porradas. Nos treinos a gente dá, de vez em quando deixa eu e a Fabizinha 'realizar nosso sonho', que é atacar (risos).

Terra - Você é uma das mais novas do grupo. Como é conciliar essa rotina de Seleção, clube, viagens e treinos com sua vida pessoal?
Camila Brait -
Eu sempre abri mão na minha vida de muita coisa por causa do vôlei, mas é o que eu gosto, é o que eu amo. Não consigo ficar sem o vôlei, então para mim é indiferente. Já perdi muitas festas de família muito importantes, casamentos, mas acho que é normal para quem gosta de vôlei mesmo. Quem abriu mão de tudo para estar aqui tem que agarrar tudo e ser fiel ao vôlei, e eu sou assim.

Terra - Quem eram seus ídolos no esporte quando você era mais jovem?
Camila Brait -
A Fabizinha e o Serginho. Desde nova eu gostava. Quando começou a surgir a posição de líbero eu ficava vendo o Serginho e ficava 'gente, esse cara joga demais'. Ficava vendo os vídeos da Fabi. Gostava muito da Stacy quando era novinha também, assistia muitos jogos dela. Sempre gostei deles.

Terra - E hoje você divide quadra com alguns ídolos.
Camila Brait -
É, hoje divido quadra com elas, treino com elas, joguei a Superliga contra elas e fico muito feliz com isso.



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