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Levantadora peruana tenta estragar festa do Brasil


Ao entrar em quadra para enfrentar o Chile, na fase de classificação, Elena Keldibekova viu uma menina de 14 anos do outro lado da rede. Aos 38 anos, a jogadora mais velha do Pré-Olímpico Sul-Americano sabe que uma nova geração pede passagem. Mas ela não tem pressa para parar. Nascida no Cazaquistão, a levantadora descobriu no Peru um novo lar, em 1994. Seis anos depois, se naturalizou para defender a seleção peruana nas Olimpíadas de Sydney. Agora, tenta levar sua equipe novamente a uma edição dos Jogos ao encarar o Brasil na final da competição, às 18h30m, em São Carlos. O SporTV transmite a partida ao vivo.

Levantadora Elena Keldibekova Peru (Foto: Alexandre Arruda / CBV)

Elena chegou a atuar nas seleções de base da antiga União Soviética. Com o fim do regime, aceitou o convite para jogar no Peru, no início dos 1990. Dona de passes precisos, ela tem sido o maior destaque de uma seleção que tenta reencontrar seu rumo de vitórias no vôlei. Referência da equipe, a levantadora diz ter se inspirado em jogadoras brasileiras para se firmar nas quadras.

- Eu sempre gostei muito da Fofão, mas minha inspiração era a Fernanda Venturini. Sempre a vi jogando, e copiei algumas coisas dela, admito - disse, rindo.

A levantadora sabe que a missão de estragar a festa brasileira em São Carlos não é fácil. Mas, ao contrário das outras seleções, acredita que o Peru tem condições de enfrentar as donas da casa.

- O Brasil está alguns passos à nossa frente. Mas temos que tentar. Estamos prontas para tentar pará-las também.

Elena diz que esta é sua última oportunidade de disputar mais uma vez as Olimpíadas. Como o Peru herdou a vaga no Pré-Olímpico Mundial do Quênia, que desistiu por problemas financeiros, a levantadora tem outra chance de buscar a classificação para Londres, mesmo que não vença o Brasil. Ela garante que, apesar de não ter planos para parar de jogar, não pensa nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016.

- Estou bem de saúde e quero seguir jogando, mas não dá (para seguir na seleção até 2016). Tenho que passar o bastão para outras jogadoras. Temos meninas de 19 e 20 anos para a minha posição. Estou bem, mas chega uma hora que temos de seguir em frente.



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