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Pedro Solberg busca indenização após erro de laboratório antidoping


Após ser acusado equivocadamente por doping pelo laboratório Ladetec e ter sua carreira abalada, o jogador de vôlei de praia Pedro Solberg corre atrás para minimizar os prejuízos que o episódio lhe causou. Nos tribunais, o atleta busca o ressarcimento dos cerca de R$90 mil gastos com empresas e especialistas para provar sua inocência, além de indenização pelos danos morais e à sua pessoa.

- O atleta vive de imagem. Ele disputou um campeonato nos Estados Unidos e foi vaiado. Todo mundo comentou que ele era dopado. É provável que isso já tenha acontecido no passado com outros atletas e ainda pode ainda acontecer com outros. Eu acho que não se pode punir um atleta assim. Temos que esperar, ninguém pode se precipitar - atacou o advogado do atleta, Armando Miceli.

Miceli vai ainda além. Para ele, o Ladetec agiu de má-fé ao ratificar o doping, mesmo sabendo que o índice constatado na urina de Solberg não passava dos 26.75 nanogramas por mililitro, abaixo do limite de 28 tolerado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).

-Um laboratório credenciado na América do Sul pela Wada errar um exame e insistir nesse erro é inaceitável - disse o advogado.

Por outro lado, nem todas as consequências do erro laboratorial poderão ser estancadas. Perda de patrocício, ausência em competições internacionais e o fim da dupla com Ricardo (atualmente o atleta atua ao lado de Pedro Cunha) são exemplos que a mãe de Solberg, Isabel, cita como irreparáveis.

- Como você vai medir a honra de alguém? A dignidade...você vê todo mundo te chamando de covarde - revela Isabel, indignada até hoje com o caso envolvendo o seu filho.

Isabel, ex-jogadora de vôlei de praia, viveu intensamente o drama de Solberg. Seu filho foi acusado de fazer uso de anabolizantes para ganho de massa muscular pelo laboratório Ladetec, com sede no Rio de Janeiro e vinculado ao COI, em julho de 2011. A empresa afirmou que o nível de esteróide encontrado na urina do atleta estava em 28.85 nanogramas por mililitro, acima do permitido.

Suspenso por um mês, Solberg pediu a contra-prova do exame. O caso foi parar na Europa, onde finalmente a Agência Mundial de Controle Antidoping (Wada) constatou que houve erro em toda a cadeia de coleta e análise da urina do jogador.

- Foi erro gravíssimo, um desgaste emocional. Eu acho que o laboratório tem que ser punido. Assim como um atleta tem que ser punido quando é pego no doping - decretou Isabel.

Ladetec sofreu intervenção

A Wada suspendeu parcialmente a autorização do laboratório brasileiro para a realização do teste de IRMS, que avalia se é sintética a testosterona encontrada no organismo humano. Segundo comunicado da entidade, o Ladetec seguirá recebendo amostras, mas o teste de IRMS será encaminhado para outro laboratório. Na nota, a agência não diz se a polêmica com o jogador de vôlei de praia influenciou a decisão.

A determinação passa a contar a partir de 18 de janeiro e proíbe que o então único laboratório brasileiro credenciado pela Wada realize testes por até seis meses. A agência realiza regularmente controles de qualidade e, dentro do período de suspensão, fará uma reavaliação no Ladetec com relação ao teste de IRMS.



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