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Tandara tenta vencer nervosismo para se firmar na seleção


Tandara ainda não era nascida quando o pai precisou largar as quadras de Brasília para cuidar da avó, que sofria de câncer, no momento em que as portas dos clubes grandes se abriam. A carreira interrompida do pai, porém, serviu de inspiração para que a oposto tentasse seguir o mesmo caminho. Depois de brilhar na seleção B durante a disputa da Copa Yeltsin, no ano passado, ela ganhou um lugar na equipe principal e agora luta contra a ansiedade para se firmar no grupo até os Jogos de Londres. Neste domingo, ela estará à disposição do técnico José Roberto Guimarães para a final do Pré-Olímpico Sul-Americano, contra o Peru, às 18h30m, em São Carlos.

Tandara seleção brasileira (Foto: Alexandre Arruda / CBV)

- Meu pai chegou a jogar com o Tande em Brasília, estava crescendo no vôlei quando teve que abdicar disso tudo para cuidar da minha avó. Então, ele está tendo o seu sonho realizado por mim. Sei que ele se orgulha muito.

Tandara vem sendo convocada para a seleção principal desde o ano passado. Durante esse tempo, enfrenta o nervosismo para garantir seu nome na lista para os Jogos de Londres.

- Todos me aceitaram de braços abertos. Estou numa expectativa boa, mas o nervosismo acaba me atrapalhando um pouco às vezes. Justamente por tentar fazer meu melhor sempre. Acho que meu momento chegou. Eu era banco da Joycinha na seleção B e me chamaram. Eu não esperava. Agora, eu quero estar lá. Para que esperar 2016 se eu posso ir aos Jogos em 2012? O que tiver de fazer, vou fazer.

A oposto admite ser apressada. Aos 23 anos, Tandara sabe que tem um longo caminho pela frente na seleção, mas afirma ter condições de pular algumas etapas para ir a Londres.

- É o sonho de qualquer jogadora e o meu também. Eu sempre quero fazer tudo logo. As pessoas me dizem pra eu ter paciência, que ainda sou nova. Mas sei que tenho condições de ir agora. Então, eu vou lutar pra isso. Nunca estamos perfeitos. Eu também posso melhorar.

Para vencer a ansiedade, Tandara encontra nos pais seu ponto de equilíbrio. Quando está de folga, desabafa tudo no primeiro dia. Depois, tem a calma que precisa para descansar.

- Minha família é muito torcedora, está sempre ali. Quando vou lá, desabafo tudo assim que chego. Depois, não quero mais falar de vôlei. Esse ano eu tenho tido muita ansiedade. É minha mãe que me passa muita tranquilidade, temos uma relação muito boa. Meu pai me dá dicas também.

Uma das caçulas do grupo ao lado da líbero Camila Brait, Tandara diz ter duvidado no início de que tinha capacidade para ter um lugar na seleção. Agora, às vésperas dos Jogos de Londres, afirma ter confiança em seu potencial.

- Nunca tinha imaginado estar aqui, jogar ao lado de jogadoras como Paula Pequeno, Jaqueline... Mas fui percebendo que não era o que eu pensava. Era melhor. Não era impossível. Vi que eu poderia defender o Brasil também. Agora, seja o que Deus quiser.



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