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Arlene quer mais 10 anos dentro de quadra


São 42 anos de idade, 24 deles dedicados ao vôlei. Atleta mais velha no elenco do Praia Clube e da próxima temporada da Superliga Feminina, a líbero Arlene se considera uma "tiazona", palavras dela, dentro de um grupo em que a maioria das jogadoras tem idade média de 20 anos. A líbero lembra que passou por momentos ruins, mas que serviram de aprendizado. Experiência que funciona como combustível para quem ainda quer vida longa no esporte.

Com passagens por sete equipes de elite do vôlei nacional e 17 títulos entre Grand Prix – considerada a versão feminina da Liga Mundial – pela seleção brasileira e de Superligas, Arlene disse que tenta passar alguma dicas para as atletas mais jovens do atual clube.

Arlene, líbero do Praia Clube (Foto: Washington Alves/VIPCOMM)

- As meninas falam muitas coisas e eu tento, dentro da minha experiência e história, contribuir com esta troca de ideias. Mas o legal é que elas olham para mim e não me veem com a idade que eu tenho. Elas acham que eu tenho a mesma idade delas e eu acho muito bom – brincou a líbero.

Ela revelou que não é só as atletas do Praia que desconsideram a diferença de idade. A disposição física e a alegria de estar dentro da quadra, segundo Arlene, também faz com que o preparador físico pense que ela ainda está só começando na carreira. Apesar da cobrança nos treinos físicos, o treinador Spencer Lee tem todo o zelo possível.

- O meu preparador físico acha que eu tenho 18 anos. Em contrapartida, meu técnico acha que eu tenho 80. Mas essa mescla tem dado muito certo e me dá muita confiança para poder trabalhar - disse.

Arlene, líbero do Praia Clube, enquanto jogadora do Mackenzie (Foto: Alexandre Arruda/CBV)

Confiança, aliás, que a líbero compartilha com as outras atletas do grupo. Mais do que isso, Arlene salientou que se sente superprotegida pelas jogadoras mais novas. A recíproca, segundo ela, é verdadeira.

- Elas me protegem de uma forma que me dá uma segurança muito grande. E eu as defendo, com unhas e dentes, meu filho! Vesti essa roupa do Praia Clube e só Deus na causa, pois entro para brigar sempre e defendo o meu como poucos – observou a jogadora antes de uma gargalhada.

A líbero que começou a jogar vôlei com 18 anos, relembrou as muitas dificuldades que fizeram com que ela amadurecesse ainda mais e não desistisse da carreira. Para ela, sinônimo de alegria é jogar vôlei, e aposentar não está nos planos da "tiazona" do Praia Clube.

- Tive muitas situações complicadas, muitas perdas pessoais. Mas tudo de ruim que acontecia me proporcionava coisas boas. Aprendi muito com isso. Sempre tentei buscar o melhor que, para mim, é estar dentro de quadra. Minha maior alegria é ficar dentro destas quatro linhas aí. Por isso mesmo que espero ficar no Praia Clube por mais 10 anos - finalizou a líbero.



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