Publicidade

Header Ads

Fernandinha corre contra o tempo por lugar em Londres


Fernandinha levantadora vôlei seleção (Foto: Alexandre Arruda/CBV)

Foi uma estreia tardia. Aos 32 anos, Fernandinha entrou em quadra pela primeira vez com a camisa da seleção brasileira no fim do primeiro set da partida contra a Itália, na abertura do Grand Prix. Após um início nervoso, recuperou a calma e passou a ditar o ritmo do Brasil na vitória diante das italianas. Elogiada por José Roberto Guimarães, a levantadora viu o sonho de disputar os Jogos Olímpicos de Londres ganhar os primeiros traços de realidade.

Fernandinha chegou a ser chamada por Zé Roberto para um período de treinos em 2009. Uma lesão crônica na coluna, porém, a fez dizer não. Fora da equipe durante quase todo o ciclo olímpico, a levantadora recebeu o segundo convite em abril e, desta vez, aceitou. Embora soubesse que estava em desvantagem em relação a Fabíola e Dani Lins, resolveu apostar no sonho. Agora, corre contra o tempo para ganhar uma vaga na equipe que vaia Londres.

- Eu fiquei feliz, satisfeita. Não estou desistindo do meu sonho. Essa participação no Grand Prix deu confiança. Sabia que era difícil, mas acho que abri uma gavetinha. Eu acredito, se não acreditar, pego minha bolsa e vou embora - brincou a levantadora sobre a chance de ir a Londres.

Fernandinha ainda não está satisfeita. Depois de um ano jogando no Azerbaijão, a levantadora, que vai atuar no Campinas na próxima Superliga, ainda precisa pegar o ritmo das atacantes da seleção. Tudo questão de tempo.

- Ainda tenho de me adaptar ao estilo de jogo. Ao ritmo da equipe e até do Zé Roberto. Eu nunca havia trabalhado com ele antes, ainda preciso acertar algumas coisas.

Na tentativa de ganhar a confiança do treinador, Fernandinha optou pelo jogo seguro. Acostumada a trabalhar a bola com as centrais, procurou mais as ponteiras da seleção nas primeiras partidas do Grand Prix. Tudo para não deixar a chance passar.

- Ainda não estava 100% confiante. E, por isso, fugi um pouco das minhas características. Eu sempre joguei mais com as centrais. Mas, com o entrosamento, isso vai melhorando.

Fernandinha levantadora vôlei seleção (Foto: Alexandre Arruda/CBV)

A lesão crônica na coluna ainda incomoda, mas não como há dois anos. Segundo Fernandinha, as dores não serão problema até Londres.

- Perto do que era, do que eu sentia, não tem nem como comparar. Ainda sinto uma dorzinha, mas não é um problema. E tenho feito um trabalho com a seleção para fortalecer também - disse.

Para o técnico Zé Roberto, as boas exibições de Fernandinha na primeira etapa fizeram com que a levantadora ganhasse espaço na disputa por uma vaga nos Jogos. Tanto que vai mantê-la na lista de selecionadas para os jogos em São Bernardo do Campo, mesmo com a volta de Fabíola, que não foi para a Polônia.

- Foi um teste difícil para ela, e ela foi bem. Ainda precisa melhorar algumas coisas, ganhar mais ritmo com as outras jogadoras no treino, mas foi bem. Faltam coisas importantes, mas ela ainda está conhecendo as outras jogadoras.



Postar um comentário

0 Comentários