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Ricardinho fica devendo e seleção alcança marca negativa na era Bernardinho


Termina a participação da seleção masculina na primeira fase da Liga Mundial.

Pela primeira vez na era Bernardinho, o Brasil fica fora da zona de classificação e vai depender de outros resultados para disputar a fase final da competição na Bulgária. Lamentável. Os resultados são bem preocupantes. Perder para a Polônia 3 vezes é anormal, embora a gente tenha que reconhecer a evolução do adversário desde a chegada do competente, Andrea Anastasi.

Fazer jogo duro com o Canadá é inaceitável, ainda mais se levarmos em conta que faltam 40 dias para os jogos olímpicos. Bernardinho ensaia mudança no discurso e admite se focar em Londres. É uma alternativa interessante e sem dúvida iria desviar as atenções. O curioso nessa história é que a seleção alcança essa marca negativa justamente quando trouxe de volta Ricardinho. O levantador era unanimidade, mas não decolou. Ricardinho está fora de forma física e técnica. O jogador não fez nenhuma partida que nos deixasse otimista em relação ao futuro.

Tudo bem que Ricardinho estava afastado do cenário internacioanal e que iria precisar de tempo para se entrosar. Os meses se passaram e ele não fez a diferença como era de se esperar.

É bom lembrar que o Brasil pode se classificar para as finais, ser até campeão e Ricardinho acabar sendo fundamental na conquista. Pode, mas é improvável. Dependendo dos demais resultados, não acho tão complicado a seleção chegar para jogar a fase final na Bulgária. Vencer a liga é outra questão e ter Ricardinho como diferencial, mas difícil ainda.

Os problemas e questionamentos não param por aí.

Wallace foi sem dúvida o melhor jogador do Brasil na competição. Embora tenha sentido a pressão diante da Polônia no domingo passado, o jogador do Cruzeiro aproveitou as chances que teve e aprovou inteiramente. O que não pode é jogar toda a responsabilidade em cima de um jogador que só viu a olimpíada pela televisão.

Mas temos pouco para comemorar. Sem Ricardinho, Bruno será a alternativa. Trata-se de um jogador corajoso e inseguro. Bruno não está pronto, mas terá que estar preparado na marra. Ricardinho, quem diria, será banco. Qualquer outra decisão da comissão técnica será surpresa e prejudicará o time.

Sidão e Lucão tomaram conta do meio e são os centrais titulares. Como Éder não faz parte da panela, Rodrigão, o senador, estará em Londres. Pena.

Dante está longe das condições físicas ideais. Em forma, é imbatível na ponta. Dante dá sinais de que chegará em Londres sem estar 100%. O mesmo se pode dizer de Giba. Mas Giba é figura querida entre todos, jogador experiente e fundamental fora de quadra no aspecto emocional. Dificilmente chegará inteiro em Londres.

Nesse caso já serão dois ponteiros sem o condicionamento exigido para uma competição desse nível. Perigo.

Bernardinho não teria peito de deixá-los de fora. Nunca.

Murilo está devendo e nem parece aquele atleta eleito o melhor do mundo em 2010. Murilo, até provem o contrário, pode se recuperar. É uma das poucas esperanças.

Thiago Alves seria uma pedida interessante. Jogador maduro, de bom fundo de quadra, saque e corajoso. João Paulo perdeu espaço e hoje seria zebra.

Vissoto e Théo estão vivos como opostos. Théo, pelo fato de jogar no Rio de Janeiro e ter padrinhos na seleção, leva vantagem, isso se Bernardinho tiver mesmo coragem de bancar a convocação de Wallace.

Serginho é outro que não me agradou. Parece lento em algumas bolas e bem diferente daquele líbero que o mundo consagrou.

Definitivamente não é hora para testes. Não dá mais tempo.

Não dá para falar em crise, seria um exagero. Mas aquele time temido por todos os adversários, considerado invencível e que amedrontava as demais seleções, não existe mais. Acabou. Seria ilusão pensar diferente.

A tradição não vamos perder jamais e é nela que temos que nos agarrar. Foi o que restou.



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